O tempo que você passa se recuperando de um treino é essencial para ter resultados
Não há dúvida de que a forma como você gasta seu tempo malhando é importante. Diferentes atividades produzem resultados diferentes, e algumas são mais intensas do que outras. O que muitos de nós não percebem, porém, é que como você gasta seu tempo se recuperando de seus treinos também é muito importante.
Se você está se perguntando o que fazer nos dias de folga e como cuidar do corpo dolorido, temos a informação certa para você. Conversamos com Samuel Bortolin, formado em Educação Física e o primeiro triatleta com grau de paralisia cerebral severo a completar um triathlon. Ele nos ajudou a entender melhor o que é recuperação ativa e passiva, por que a recuperação é uma parte tão importante do condicionamento físico e as melhores formas de recuperação ativa. Continue lendo para saber tudo o que você precisa saber sobre o assunto!
O QUE É RECUPERAÇÃO ATIVA?
Como o próprio nome explica, trata-se de recuperar o corpo com os músculos ainda em movimento. Claro que em atividades e com exercícios bem menos intensos.
“Eu, particularmente, uma semana antes das provas oficiais, só faço essa recuperação ativa. Ou seja, treinos de baixa intensidade e curta duração, porém sempre em movimento, porque ele ajuda na circulação sanguínea. Com isso, contribui para recuperar o músculo mais rápido. Mas, toda essa atividade tem que ser, de preferência, orientada por um profissional ou educador físico”, afirma o atleta.
QUAIS SEUS BENEFÍCIOS?
Segundo o especialista, as vantagens da recuperação ativa são diversas. “Além de fazer bem para o corpo e recuperar o músculo de um modo dinâmico, também é uma forma de quem treina por performance se divertir nos treinos. Quem gosta de correr faz isso apreciando a paisagem, por exemplo, o que no treino mais intenso não é possível. Gosto muito tanto pelo aspecto físico, quanto mental.”
QUANDO É INDICADA?
“Ela é indicada para atletas sobretudo em momentos próximos de competições. Porque é preciso que cheguemos na competição com o músculo 100% recuperado e com a cabeça 100% recuperada dos treinos exaustivos, para podermos gastar toda essa energia — física e mental — nas provas.”
EXISTE CONTRAINDICAÇÃO?
“Ela só pode prejudicar se for prescrita inadequadamente. Quando o atleta está lesionado, machucado ou quando ela é passada com uma intensidade indevida. A recuperação ativa, prescrita de forma correta, só traz benefícios.”
COMO FAZER CORRETAMENTE?
Existem vários tipos diferentes de recuperação ativa. Mas a ideia central de todos é realizar uma sessão bem mais suave do que você realiza normalmente — o que pode variar de acordo com o condicionamento físico de cada um, por isso, consulte seu personal. A ideia é acabar a atividade se sentindo energizada (e não cansada).
Aqui vão alguns exemplos de recuperação ativa:
YOGA
A gente sabe — a prática nem sempre é suave. Mas se você pegar mais leve, ela pode te ajudar com a recuperação muscular. Além disso, você melhora a flexibilidade e a mobilidade e trabalha a ansiedade, pontos essenciais para seu desempenho.
CAMINHADA
Se o seu negócio é a corrida, tente caminhar nos dias de descanso. Aproveite o momento para apreciar a paisagem ou levar o seu pet para te fazer companhia.
NATAÇÃO
Uma prática com zero impacto para as articulações.
ELÍPTICO
Um elíptico é ótimo para quem quer um treino suave em geral, mas é particularmente benéfico como forma de recuperação ativa. Isso porque aumenta sua frequência cardíaca e usa seus músculos sem sobrecarregá-los ou causar lesões.
Fonte: TERRA.COM.BR