Estudo relaciona sedentarismo e precariedade na Saúde a aumento de até 73% em casos de fratura por osteoporose no Brasil


Fraturas de vértebra, punho, quadril e fêmur foram as que se tornaram mais recorrentes no país nos últimos anos. Médica dá dicas de como prevenir a doença.

Um estudo pioneiro liderado por uma médica da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp) mostrou que as fraturas por osteoporose aumentaram até 73% no Brasil entre 2012 e 2019 – os anos de 2020 a 2022 não foram analisados por inconsistência nos dados provocada pela pandemia da Covid-19. Os casos de fratura, quando os pacientes sofrem lesões no corpo, representam um agravamento da doença.

As fraturas de vértebra, punho, quadril e fêmur foram as que mais se tornaram recorrentes no comparativo. Veja os aumentos:

  • Vértebra – 26%
  • Punho – 68%
  • Quadril ou fêmur – 73%

No caso das fraturas de quadril, a pesquisa apontou que, em números absolutos, são cerca de 121,7 casos por ano no país e que a expectativa é de que esse número salte para 198 mil até 2040.

No estudo, os pesquisadores identificaram duas possíveis causas para a alta nos registros de fratura: o estilo de vida das pessoas, como alimentação inadequada e sedentarismo, e infraestrutura inadequada na rede de saúde, com falta de medicamentos e equipamentos adequados para atender os pacientes com osteoporose, o que leva ao agravamento.

“Chama a atenção para políticas sociais, populacionais e de saúde para assistência a essa doença, que é considerada uma epidemia silenciosa do século. Deveria merecer essa atenção também por causar dependência física, da família e dos cuidadores, e um gasto enorme para saúde”, explica a médica Adriana Orcesi Pedro, líder do estudo e presidente da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose [CNE].

 

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