Suplementos: 89% têm ingredientes em quantidade diferente da anunciada


Pesquisa dos Estados Unidos mostrou que 40% dos produtos sequer tinham em sua composição o ingrediente que afirmavam possuir

Não faltam suplementos nas prateleiras que prometem melhorar o desempenho nos treinos. Porém, segundo uma pesquisa publicada na última segunda (17/7), apenas 11% deles realmente contém uma quantidade próxima do que indicam na tabela impressa no rótulo.

O estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) em 17 de julho, apontou que 40% dos suplementos analisados por médicos das universidades de Harvard e do Mississippi, nos Estados Unidos, sequer tinham os ingredientes anunciados.

Foram investigados 57 produtos para investigar a presença de cinco ingredientes. Todos são encontrados em plantas e são incluídos em suplementos dietéticos por seus efeitos estimulantes ou anabólicos:

  • Rauvolfia vomitoria;
  • Metilliberina;
  • Turkesterone;
  • Halostachina;
  • Octopamina.

Dos 57 potes analisados, 23 (40%) não continham nem traços do ingrediente listado. Dos que tinham de fato a substância, a quantidade real variou de 0,02% a 334% do descrito no rótulo. A quantidade ficou dentro de uma margem de erro aceitável só em seis produtos (11%).

Especialmente os suplementos que continham metilliberina costumavam ter o dobro deste ingrediente em relação ao anunciado. O pré-treino é um termoativador, que aumenta a energia e permite um exercício mais intenso, mas pode ser arriscado ao coração em quantidades exageradas.

Suplementos tinham substâncias proibidas

O levantamento mostrou que sete dos produtos analisados, 12% do total, tinham ao menos um ingrediente proibido pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA. Um deles chegou a ter 25% de estimulantes sintéticos banidos.

“Dadas essas descobertas, os médicos devem alertar os consumidores de que suplementos que listam ingredientes botânicos com supostos efeitos estimulantes ou anabólicos podem não ser rotulados com precisão e podem conter medicamentos proibidos”, concluem os médicos.

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