Em 28 de Julho é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, instituído pela OMS em 2010 e com meta de erradicação até 2030


Em 28 de Julho é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, instituído pela OMS em 2010 e com meta de erradicação até 2030

Julho é mês de chamar a atenção para a conscientização sobre a prevenção das hepatites virais. Nos hospitais universitários federais geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) são oferecidos serviços especializados para acompanhamento dessas doenças. O Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB-UFRN), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, também integra a campanha Julho Amarelo, de enfrentamento da doença. No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda os vírus D e E, que são menos frequentes.

“O Julho Amarelo é uma campanha de conscientização sobre as hepatites virais, realizada no mês de julho, com o objetivo de informar a população sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das hepatites virais”, explica o médico Claudio Orestes Britto Filho, infectopediatra do HUAB-UFRN com atuação no ambulatório do Serviço de Assistência Especializada Infantil (SAE Infantil) do HUAB em Santa Cruz, atendendo crianças com doenças infectocontagiosas. Ele explica que o diagnóstico de hepatite é clínico e laboratorial, de acordo com os achados nos sintomas e na anamnese, as alterações no exame físico e os resultados dos exames laboratoriais.

Os sintomas gerais das hepatites virais podem variar, mas é comum haver fadiga excessiva e fraqueza; perda de apetite e de peso; náuseas e vômitos; dor abdominal, especialmente na região do fígado; icterícia, que é a coloração amarelada da pele e olhos; urina escura e fezes claras; coceira na pele e febre baixa.

“A prevenção das hepatites virais envolve medidas como evitar o contato com sangue contaminado, usar preservativos em relações sexuais, não compartilhar objetos cortantes ou perfurantes e garantir a vacinação adequada disponível como forma de prevenção, como a vacina contra hepatite A e hepatite B; ambas disponíveis na Atenção Básica nos calendários de vacinas, e, em particular, é importante lembrarmos a realização das sorologias pré-natal a fim de identificar alterações e proteger o concepto”, esclarece o infectopediatra do HUAB-UFRN.

 

O tratamento das hepatites virais varia de acordo com o tipo e o estágio da doença. Pode envolver hábitos saudáveis de vida: evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, medicamentos ou drogas que possam danificar mais ainda o estado do fígado; repouso; medicamentos antivirais; modificações na dieta e acompanhamento médico regular. Entretanto, em alguns casos que não respondem adequadamente ao tratamento, o transplante hepático pode ser a única alternativa para sobrevida de alguns pacientes e situações específicas, conforme o tipo de hepatite.

Os exames de diagnóstico para hepatites virais incluem testes sorológicos, que detectam a presença de anticorpos no sangue, e testes de carga viral, que medem a quantidade de vírus no organismo e auxiliam na avaliação da progressão da infecção e na resposta ao tratamento. Além desses exames, temos outros que podem ser indicativos de hepatite viral, incluindo: testes de função hepática, ultrassonografia abdominal e biópsia hepática.

As hepatites virais podem apresentar diferentes formas clínicas, como hepatite aguda (curta duração), hepatite crônica (longa duração), hepatite fulminante (forma grave) e hepatite assintomática (sem sintomas aparentes).

Estatísticas

O Ministério da Saúde publicou em 2022 o Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais, um documento que traz os registros de notificações dos casos entre os anos de 2000 e 2021. Segundo o documento, 718.651 casos foram confirmados no Brasil neste período, sendo 168.175 (23,4%) de hepatite A, 264.640 (36,8%) de hepatite B, 279.872 (38,9%) de hepatite C e 4.259 (0,6%) de hepatite D.

Sobre a Ebserh

O Hospital Universitário Ana Bezerra (Huab-UFRN/Ebserh) faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

 

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