Pesquisa publicada na The Lancet aponta as profissões que mais elevam o risco de sofrer declínio cognitivo relacionado à demência no futuro
O trabalho está te tirando do sério? Especialistas em saúde coletiva da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, descobriram que algumas profissões podem aumentar o risco de sofrer demência e de desenvolver o declínio cognitivo relacionado à doença.
O estudo foi publicado no final de agosto na revista The Lancet e pesquisou o histórico laboral e de saúde de 7 mil pessoas com mais de 70 anos.
O objetivo era identificar as profissões dos participantes e quais delas estavam proporcionalmente associadas ao declínio cognitivo tradicional da demência, que foi identificada em 902 dos voluntários.
Quais as profissões que aumentam o risco?
A incidência de quadros de demência foi mais observada em profissões que exigem força física para carregar peso e manusear materiais.
Os pesquisadores exemplificaram que vendedores, estoquistas, auxiliares de enfermagem, cuidadores de pessoas, agricultores e pecuaristas entram neste grupo de alto risco.
“Maiores exigências físicas, falta de recuperação e exaustão resultante do emprego poderiam implicar mais desgaste somático e períodos de recuperação mais curtos, piorando a cognição”, afirma o artigo.
Os investigadores revelaram que as pessoas em ramos de trabalho fisicamente exigentes tinham cerca de 15,5% mais probabilidade de desenvolver demência em comparação com apenas 9% no grupo de baixa atividade física ocupacional.
Profissões com menor risco de demência
Entretanto, os cientistas afirmam que não basta trabalhar com o lado intelectual para evitar os riscos. Na verdade, a doença parece estar menos presente em pessoas que conseguem manter um equilíbrio em exigências de natureza física e psíquica.
No outro lado da moeda, professores e engenheiros tiveram os melhores resultados na prevenção do declínio cognitivo.
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