Testar Covid-19 no início da infecção aumenta risco de falso negativo


Estudo mostra que, mesmo tendo o vírus, pessoas testadas para Sars-CoV-2 nos quatro dias após a infecção têm 67% mais chances de apresentar resultados negativos

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, concluíram que testar pessoas para a Covid-19 no início da infecção por Sars-CoV-2aumenta as chances de obter um resultado falso negativo. Os cientistas publicaram um artigo descrevendo o achado em meados de maio, no periódico Annals of Internal Medicine.

Uma das várias maneiras de avaliar se uma pessoa está ou não infectada pelo novo coronavírus é através de um método chamado de reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa (RT-PCR). Esse teste busca por traços do material genético do Sars-CoV-2 o organismo de quem está sendo testado.

Entretanto, conforme mostrado em testes para outros microrganismos, como o vírus da gripe, se a amostra for coletada da forma incorreta ou se a carga viral for muito baixa no corpo da pessoa, os testes podem produzir falsos negativos. “Um teste negativo, independentemente de uma pessoa ter ou não sintomas, não garante que não esteja infectado pelo vírus”, afirmou Lauren Kucirka, médica residente e principal autora da pesquisa, em declaração à imprensa. “Como reagimos e interpretamos um teste negativo é muito importante porque colocamos outras pessoas em risco quando assumimos que o teste é perfeito.”

Para a nova análise, os pesquisadores da Johns Hopkins Medicine revisaram os dados dos testes RT-PCR de sete estudos publicados anteriormente que cobriram um total de 1330 amostras. Segundo os cientistas, as amostras foram coletadas de uma grande variedade de indivíduos, incluindo pacientes hospitalizados e aqueles identificados por rastreamento de contato.

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