Com a epidemia de dengue assolando o Brasil, a dermatologista Naiana Sá, profissional com mais de 15 anos de experiência na área, compartilha informações sobre a prevenção da doença, com um alerta sobre uso adequado de repelentes. Confira as recomendações da especialista para diferentes faixas etárias:
- Crianças até seis meses: Não devem utilizar repelentes, procure proteção física como mosquiteiros e roupinhas que cubram o corpo, sem que a criança passe calor.
- Crianças de seis meses a dois anos: Pode-se usar IR35 uma vez ao dia.
- Crianças de dois a sete anos: Opções incluem IR35, Icaridina ou DEET infantil, aplicados até duas vezes ao dia.
- Crianças a partir de sete anos e adultos: Icaridina é a melhor opção contra a dengue.
A dermatologista enfatiza o correto modo de aplicação:
- Aplique apenas em áreas expostas, evitando contato com olhos, nariz e boca.
- Não aplique abaixo de roupas.
- Evite mais de três aplicações diárias para evitar intoxicação.
- Aguarde 15 minutos após a aplicação de hidratante ou protetor solar para usar o repelente.
- O repelente deve ser o último produto aplicado.
- Lave as mãos após a aplicação e evite nas mãos das crianças.
- Não durma com repelente, para evitar intoxicação. Caso tenha risco maior onde você mora, procure proteção física, como mosquiteiros.
Além do uso de repelentes, a Dra. Naiana Sá sugere medidas complementares:
- Utilize roupas claras e não apertadas.
- Evite hidratantes com perfume, pois podem atrair mosquitos.
- Resfrie o quarto, pois mosquitos não gostam de ambientes mais gelados.
- Esqueça os dispositivos de ultrassom para prevenção da dengue, pois eles não possuem comprovação científica.
A especialista alerta, ainda, que os mosquitos são mais ativos no início da manhã e no final da tarde, aconselhando manter portas e janelas fechadas durante esses períodos.
O que fazer ao apresentar sintomas
Além disso, Dra. Naiana orienta sobre o que fazer em caso de sintomas suspeitos de dengue, como febre alta, dores de cabeça intensas, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos e erupções cutâneas. Ela alerta que é crucial buscar assistência médica imediatamente.
“Evite a automedicação e procure um profissional de saúde para uma avaliação adequada. Manter-se bem hidratado e descansar são medidas importantes durante o tratamento da dengue, uma vez que a doença pode causar desidratação. O acompanhamento médico permite monitorar a progressão da doença, identificar possíveis complicações e orientar o paciente sobre os cuidados necessários para uma recuperação eficaz. A detecção precoce e o manejo adequado dos sintomas são fundamentais para minimizar o impacto da dengue na saúde do paciente”, destaca a profissional.