Quando o cansaço não passa na folga: burnout entra para o rol das doenças ocupacionais da OMS


Com mais de 30% de casos, Brasil é vice-líder mundial de pessoas com a síndrome, perdendo apenas para o Japão

Imagem de uma mulher em frente ao computador, com a mão nos olhos, visivelmente cansada

Quando o cansaço persiste, o alerta deve ser ligado

Sentir-se cansado no fim do dia é normal.
Mas se o cansaço continua, mesmo nas folgas, algo está errado.

Além disso, sintomas como insônia, irritação e falta de foco são sinais claros.
Por isso, é importante prestar atenção. Pode ser Burnout.

Esse problema não é fraqueza. Ele é causado por ambientes de trabalho ruins.
Pressão constante, excesso de tarefas e falta de pausas contribuem muito.

OMS inclui Burnout na lista oficial de doenças

Desde janeiro de 2025, o Burnout é reconhecido como doença ocupacional.
A decisão é da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, os números preocupam.
Cerca de 30% dos trabalhadores têm sintomas.
O país só perde para o Japão no ranking mundial.

Ou seja, é uma questão urgente de saúde pública.

Sintomas começam de forma leve, mas pioram

No começo, parece só cansaço.
No entanto, os sinais se acumulam. Veja os mais comuns:

  • Cansaço mesmo após o descanso

  • Irritação constante

  • Falta de memória

  • Sono desregulado

  • Queda de rendimento

Com o tempo, o quadro pode virar ansiedade, depressão ou doenças físicas.
Por isso, o diagnóstico rápido é essencial.

A causa não é o trabalhador, e sim o ambiente

Carlos Manoel Rodrigues, psicólogo do CEUB, é claro:
“O problema está nas condições de trabalho, não na pessoa.”

Além disso, ele critica a cultura que valoriza quem nunca para.
Para ele, metas absurdas, pressão diária e falta de apoio criam o terreno ideal para o Burnout.

Portanto, o cuidado precisa ser parte da rotina — não exceção.

O que fazer se você estiver esgotado?

Primeiro, reconheça os sinais.
Depois, busque ajuda psicológica. A terapia é um bom começo.

Além disso, outras atitudes ajudam na recuperação:

  • Fazer pausas durante o expediente

  • Evitar horas extras frequentes

  • Ter uma alimentação saudável

  • Praticar exercícios físicos

  • Dormir com qualidade

Com essas medidas, o corpo e a mente ganham tempo para se recuperar.

Jornadas longas aumentam o risco

A forma como as empresas organizam o tempo também importa.
Por exemplo, a escala 6×1 é muito puxada e pouco saudável.

Em contrapartida, a escala 4×3 pode ser melhor.
Mas só funciona se os dias úteis forem mais leves.

Ou seja, descanso de verdade exige equilíbrio diário.

Chegou a hora de mudar o jeito de trabalhar

O Burnout é um alerta: algo está errado na forma como vivemos o trabalho.

Enquanto isso não mudar, os casos vão aumentar.
Por isso, precisamos criar ambientes que respeitem os limites humanos.

Como diz o professor Carlos Manoel:
“Cuidar da saúde mental tem que ser regra.”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *