O Ministério da Saúde da Rússia liberou hoje o primeiro lote para uso civil da vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2), chamada de Sputnik V. Segundo a nota oficial, os primeiros lotes estarão disponíveis “em um futuro próximo”. A imunização desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, com o apoio dos ministérios da Saúde e da Defesa, foi considerada segura e passou nos testes de qualidade feitos pelo Serviço Federal de Vigilância na Área da Saúde da Rússia.
A Sputnik V ainda não finalizou a terceira etapa de testes, que está em andamento desde agosto, e que os pesquisadores visam testar em cerca de 40 mil pessoas. O Brasil é um dos candidatos a receber essas testagens após o governo do Paraná firmar um acordo com os russos. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não deu sua aprovação. A vacina russa causou muita polêmica no mundo por diversos motivos, desde a falta de registro na Organização Mundial da Saúde (OMS) até o registro ter sido dado pelo governo russo sem que todos os testes tenham sido concluídos.
Na última semana, pela primeira vez, um estudo científico sobre as etapas iniciais de desenvolvimento e testes foi publicado na revista The Lancet, apresentando ao mundo pela primeira vez os resultados de maneira independente. Nas fases 1 e 2, ela foi considerada segura e capaz de induzir o organismo a produzir anticorpos contra o Sars-CoV-2, o vírus que causa a covid-19.