Segundo estudos, baixo peso pode ser uma das consequências. Veja quais cuidados ter neste momento delicado
É na gestação que vivenciamos uma montanha russa de emoções. É uma fase de plenitude, mudanças hormonais, descobertas e também de inseguranças. Vivenciar tudo isso em meio a uma pandemia global tem sido desafiador para as futuras mamães, principalmente para conseguir afastar o estresse, que pode ter um impacto negativo na sua saúde e do bebê.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, e da Universidade Autónoma de Madrid, na Espanha, publicado na revista acadêmica American Journal of Human Biology, sugeriu que o estresse, devido à pandemia, pode fazer com que os bebês nasçam com um peso abaixo do normal. Foram analisados oito estudos, com mais de 8 mil gestantes e mais de 1 milhão de crianças para chegar a essa constatação.
Diante desse cenário, a ginecologista e obstetra, especialista em medicina fetal, Dra. Tatiana Barbosa Pellegrini, orienta que é primordial cuidar da saúde física e mental da grávida, tomando algumas atitudes para evitar o estresse. “Ela pode optar por uma atividade física leve, como a hidroginástica ou yoga, algo que goste e relaxe, mas seguindo a prescrição médica do obstetra que a acompanha no pré-natal. O descanso também é fundamental, dormir pelo menos por 7 a 8 horas por dia”, aconselha.
Outros cuidados, como ter uma boa alimentação, rica em nutrientes, e continuar com sua rotina de exames do pré-natal, mesmo durante a pandemia, são fatores importantes para garantir a saúde de ambos. “Ela pode realizar os exames essenciais e os resultados, caso seja possível, passar ao médico via Telemedicina, por exemplo. Mas, as consultas presenciais são necessárias, tomando as medidas de segurança como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos. Além disso, as maternidades estão preparadas para recebê-las, seguindo todos os protocolos estabelecidos”, destaca a médica.
Cuidado com a ansiedade
A Dra. Tatiana aconselha a cuidar bem do lado emocional neste momento, da espiritualidade, caso traga bem-estar e acreditar que tudo dará certo e que vamos superar essa fase difícil. A família, mesmo que a distância, pode se mostrar presente e disponível para um contato fraterno e demonstrando apoio, mesmo que por vídeo ou ligação. “Dar carinho a elas e apoio vai fazer com que se sintam acolhidas e encorajadas a encarar essa nova rotina. Saber que ela não está sozinha e que terá sua rede de apoio em breve de volta, trará força para cuidar do bebê, mesmo sozinha”, destaca ela.
O companheiro ou quem mora na mesma casa pode ajudar nas tarefas que consegue executar no dia a dia, para que a puérpera tenha um tempo para o ‘autocuidado’ como um banho relaxante, banho de sol para ela e para a criança, respeitar alguns horários de sono, que a criança possa ficar com outra pessoa para que ela consiga descansar nos intervalos das mamadas. Ter ajuda no preparo de alimentos, com a higiene das roupas, organização da casa, também são fundamentais, principalmente para os casais que tem filhos mais velhos e mais atividades a cumprir no seu dia a dia. E sentiu algo diferente? Não hesite em procurar ajuda com seu médico e/ou psicólogo.