Como nossas emoções nos deixam mais saudáveis ou doentes


O médico Carlos Veiga Jr estuda o assunto há quase 30 anos e é criador do Método Gerenciamento BioEmocional.

Depois de quase 30 anos estudando o assunto e passar por uma experiência pessoal, o médico Carlos Veiga Jr é categórico em afirmar: as doenças são frutos de emoções não resolvidas. Especializado em ortopedia e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e especializado em BioNeuroEmoção pelo Instituto Enric Corbera, na Espanha, o médico é criador do Método Gerenciamento BioEmocional e há décadas se dedica a explorar de que maneira as nossas emoções são determinantes para nossas enfermidades físicas. A explicação, ele afirma, é mais simples do que parece: quando analisamos um estado emocional, o cérebro entende que estamos em uma situação de estresse e desse modo busca formas de nos proteger, fugir daquela situação, fazendo assim com que grandes quantidades de hormônios do estresse circulem  paralisando todos os nossos outros sistemas de crescimento e cicatrização do corpo. “Nosso corpo está preparado para recuperar os tecidos danificados e cicatrizá-los. Porém, quando o sistema luta-fuga está ativado isto não acontece e adoecemos”, explica o médico.

“O que chamamos de doenças são na verdade Programas Especiais da natureza com pleno sentido biológico e coerência, adaptações aprendidas pelas células ao longo de bilhões de anos. Ao negligenciar um sintoma tomando um medicamento sem investigar que necessidade biológica não está atendida estamos correndo um grande risco de apagar um alarme do corpo de que algo anda mal na mente”, reforça. Entretanto, Veiga é categórico em afirmar que esse novo olhar para a medicina não exime a importância dos medicamentos e a medicina chamada tradicional. “Não estamos dizendo que não se tome medicamentos, nem muito menos que não devemos consultar um médico. Na verdade, estamos afirmando que ao não observar os sinais do corpo em forma de sintomas corremos um risco de tornar crônicas enfermidades que poderiam ser eliminadas compreendendo para que adoecemos, e não POR QUÊ”, diz.

Carlos Veiga Jr. é médico e criador do Método Gerenciamento BioEmocional

 As emoções que controlam nossa vida

O especialista explica que muitas vezes as pessoas fecham os olhos para o impacto das emoções nas nossas doenças físicas porque tendemos a classificar os sentimentos apenas como bons e ruins, esquecendo que eles fazem parte de nós e todos possuem um propósito. Entre os fundamentais para a preservação da nossa vida, as emoções básicas, estão: MEDO: responsável por nos fazer fugir de forma automática em situações de perigo. ASCO: nos afasta de todo sabor ou cheiro desagradável, para não ingerir um alimento tóxico ou perigoso para nossa saúde. RAIVA: Aparece quando nos sentimos atacados por alguém. Fazemos uso dela para defender nossos valores, nos fazer respeitar, ou para enfrentar a possíveis perigos. TRISTEZA: permite reorganizar a vida e superar os eventos traumáticos.

Ainda segundo o especialista, é fundamental não guardar essas emoções e sim conversar sobre elas, conversar sobre o que estamos sentindo e melhorar a nossa relação com os outros e nós mesmos. “Se nos reprimimos quando recebemos um choque emocional importante, nosso inconsciente biológico irá reagir e normalmente irá desencadear um sintoma físico ou uma desarmonia em nossas vidas. Tudo que se reprime, se imprime. Tudo que se cala se transforma em sintoma físico. Toda emoção que não é expressada se converte inconscientemente em um doloroso futuro que chamaremos de destino”, explica.

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