O Reino Unido aprovou a vacina contra a Covid-19 das farmacêuticas Pfizer e Biontech, e prevê iniciar a vacinação na semana que vem. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (2) pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, que classificou a notícia como fantástica.
“No início da próxima semana, começaremos um programa de vacinação de pessoas contra Covid-19 aqui neste país”, disse ele à rede Sky News.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a aprovação da vacina contra o coronavírus da parceria Pfizer e BioNTech vai resgatar vidas e a economia do país.
“É a proteção das vacinas que vai finalmente nos trazer de volta às nossas vidas e fazer a economia andar novamente”, escreveu em uma rede social.
O Reino Unido anunciou que um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde, ainda em 2020. Profissionais da saúde estarão entre os primeiros a ser vacinados – as campanhas acontecerão em hospitais, por conta do armazenamento do imunizante.
A vacina da Pfizer e BioNtech precisa ser armazenada a -70ºC. No Brasil, o plano de imunização elaborado pelo Ministério da Saúde não prevê o uso de imunizantes que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento.
O infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, comemorou a aprovação e disse que la é um marco na história do desenvolvimento de vacinas, no entanto, reconheceu o armazenamento e transporte da vacina Pfizer/BioNtech como um desafio.
“Uma das limitações é o transporte, por conta do congelamento, mas o fabricante tem estudado alternativas, com gelo seco, em que ela pode ficar fora de freezers por até 15 dias”, disse Kfouri.
O especialista disse que o preço também pode ser m impeditivo para a aplicação em massa no país, ma vez que a vacina da Pfizer é, segundo estimou, até 5 vezes mais cara que a vacina de Oxford, que será produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
G1