Fazer a diferença na vida das pessoas é a especialidade do Dr. Waldo Daniel. São quase 30 anos de experiência na medicina, dos quais 22 anos como cirurgião cardiovascular, com aproximadamente 5 mil cirurgias realizadas. Dr. Waldo tem se destacado na sua área e como membro associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, aprofundou seus conhecimentos técnicos endovasculares no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, em São Paulo e é o cirurgião cardiovascular da técnica de cirurgia de revascularização minimamente invasiva sem circulação extracorpórea, no Brasil.
O cirurgião foi responsável pela primeira cirurgia cardíaca realizada totalmente por vídeo no Rio Grande do Norte e se manteve neste foco, trazendo sempre as técnicas mais atuais, oferecendo aos seus pacientes as melhores possibilidades de tratamento, entre elas a cirurgia cardíaca minimamente invasiva.
CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVA
A Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva (CCMI) é uma alternativa à cirurgia cardíaca tradicional do coração. Enquanto o método convencional exige que se faça uma incisão no osso esterno do paciente, de aproximadamente 25 centímetros, para que o cirurgião possa visualizar o coração, na cirurgia minimamente invasiva não há a necessidade de serrar qualquer osso, pois é feita através de uma pequena e discreta incisão, de aproximadamente 4 a 8 centímetros no espaço entre as costelas. Daí se dizer que é minimamente invasivo.
“O procedimento é realizado com uma micro câmera inserida no paciente para que o cirurgião tenha uma visão ampliada do coração, e assim possa realizar os procedimentos com mais segurança”, detalha Dr. Waldo.
Cada paciente é analisado de maneira criteriosa, para que o cirurgião possa indicar e planejar o melhor procedimento minimamente invasivo.
VANTAGENS DA TÉCNICA
Considerando que se trata de uma pequena incisão, sem serrar qualquer osso, a CCMI diminui o risco de infecção, reduz fortemente o trauma cirúrgico, acelera a recuperação do paciente, permite o retorno às atividades cotidianas em curto prazo, além das benesses estéticas. No resultado final, a cirurgia fica praticamente imperceptível, o que tem também um forte impacto na autoestima e recuperação psicológica, pois não há aquela grande cicatriz estigmatizante da cirurgia tradicional, com corte vertical entre as mamas. É uma vantagem para todos os pacientes, especialmente para as mulheres, que poderão continuar usando seus decotes, biquínis, sem qualquer cicatriz evidenciando a intervenção cirúrgica.
Outra grande vantagem é que na técnica minimamente invasiva raramente há a necessidade de transfusão sanguínea, pois a perda sanguínea é bastante inferior à cirurgia convencional.
POSSIBILIDADE DE TRATAMENTOS USANDO A TÉCNICA DA CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVA
A técnica permite tratar doenças Valvares (Mitral, Aórtica, Tricúspide, Pulmonar), cardiopatias congênitas (CIA, CIV, PCA, Drenagem anômala), tumores cardíacos e doenças coronarianas.
Destas, a patologia mais comum é a doença aterosclerótica coronariana, a qual é tratada através da cirurgia de revascularização do miocárdio, conhecida popularmente como cirurgia de ponte de safena.
A peculiaridade da ponte de safena, realizada por Dr. Waldo no método minimamente invasivo, além de ser por meio de uma pequena incisão, é que ele realiza o procedimento sem necessidade de parar o órgão e sem fazer uso da máquina de circulação extracorpórea, que assumiria a função do pulmão e do coração, enquanto o paciente é operado. Destacando-se que a eficiência da técnica menos invasiva é a mesma da técnica convencional, todavia os riscos são bem menores.
SURGIMENTO DA TÉCNICA
Não é uma técnica criada hoje. Dr. Waldo Daniel já faz uso do procedimento minimamente invasivo há pelo menos 17 anos, caminhando lado a lado com os estudos e pesquisas de países mais desenvolvidos na área. No Brasil, a técnica também vem ganhando espaço e a indústria multinacional tem investido cada vez mais na área.
Homens e mulheres, nas mais variadas idades, já enfrentaram a intervenção cirúrgica de maneira menos traumática, cujas cicatrizes são imperceptíveis até para o próprio paciente. Um deles foi Edmilson Martins da Costa, 68 anos, militar da reserva. “Eu descobri que tinha obstruções de artérias coronárias fazendo exames de rotina. Fiz ecocardiograma, esteira e foram descobertas placas nas artérias. Meu cardiologista solicitou uma tomografia computadorizada e apareceram sinais mais visíveis. Fiz um cateterismo e o exame mostrou a necessidade da cirurgia. Confesso que fiquei temeroso ao receber a indicação de uma cirurgia do coração. Já estava pensando em ser serrado no meu tórax. Graças a Deus fui operado nesse método inovador o que me deixou muito mais tranquilo”, conta Edmilson.
Quase dois meses depois da cirurgia, o paciente reforça o sucesso do procedimento menos invasivo:
“Estou ótimo!!! Realmente a recuperação é incrível e rápida, desde o hospital. Só para você ter uma ideia, minha cirurgia foi na segunda-feira, 24 horas depois eu já estava na enfermaria e na quarta-feira, exatas 48 horas depois do procedimento, recebi alta para voltar para casa! Nem acreditei! Quando recebi alta até me surpreendi. Já estou levando uma vida normal, praticamente sem cicatriz. Nem parece que fiz uma cirurgia no coração”, relata o paciente.
Saiba mais, nessa entrevista com Dr. Waldo Daniel
POR QUE O SENHOR SE INTERESSOU PELO MÉTODO MINIMAMENTE INVASIVO?
Uma coisa que sempre me incomodou foi o grau de invasividade da cirurgia cardiovascular tradicional e, por consequência, o tempo exacerbado de limitações impostas ao paciente no pós-cirúrgico. O método convencional, naturalmente, cumpre o seu papel na eficácia do tratamento, contudo, com o avanço da ciência, é possível diminuir os traumas decorrentes do tratamento. Muitas vezes, o temor da invasividade do tratamento convencional amedronta o paciente, fazendo-o desistir de se tratar adequadamente através da cirurgia ou escolhendo se submeter a tratamentos paliativos.
Eu sempre achei que haveria uma forma de atenuar isso, tirando os obstáculos da invasividade e das limitações. A técnica Minimamente Invasiva veio dessa busca. Desde então, já operamos centenas de pacientes.
QUANDO TUDO COMEÇOU?
Em torno do ano 2000 surgiram alguns trabalhos sobre isso no mundo. Eu iniciei ainda com poucos materiais e fui um dos desenvolvedores. Então, junto com os EUA e a Índia, o Brasil é um dos pioneiros. O trabalho que me inspirou foi de um indiano, Sudhir P. Srivastava, à época no Texas. Congressos depois, tive oportunidade de conhecê-lo e agradecer pela inspiração… Na época eu tinha pouco mais de 30 anos de idade. Hoje tenho 50.
QUAL SEU MAIOR ORGULHO NESSA TÉCNICA?
Fico muito satisfeito ao usar esse método pois, em boa parte dos casos, o paciente chega a ter alta hospitalar em 48 horas, na maioria das vezes já sai do hospital dirigindo seu próprio carro. Isso é incrível, já que na cirurgia convencional 48 horas é o tempo médio do paciente na UTI e mais uns seis dias de internação hospitalar. Ou seja, o paciente da CCMI tem alta rapidamente e volta para casa com muito menos risco de infecção hospitalar e outras complicações.
Além disso, o paciente na cirurgia convencional ainda passa cerca de 90 dias sendo obrigado a quando deitar, ficar de barriga para cima. Enquanto o paciente da CCMI se recupera em uma semana e mantém a vida normal, incluindo praticamente todas as atividades corriqueiras. O paciente da convencional somente chega nesse ponto dentro de um ano.
QUAL A MENSAGEM O SENHOR DEIXA PARA OS PACIENTES QUE PRECISAM SE SUBMETER À CIRURGIA CARDÍACA?
A primeira orientação a ser dita é que o paciente deve procurar um cirurgião de sua confiança, obtendo dele informações detalhadas sobre as opções de tratamento – tanto no método convencional como no minimamente invasivo. A segunda é atentar para o grau de urgência da intervenção, o quanto o seu coração pode esperar para a tomada de decisão. O terceiro passo é ter confiança, pois a ciência tem avançado muito a fim de minimizar esse evento tão indesejado, porém necessário.