Levantamentos mostram alta prevalência de problemas cardíacos entre os diabéticos e descontrole dos índices glicêmicos durante a pandemia.
O diabetes tipo 2 é uma das doenças crônicas mais ligadas a encrencas nas artérias: aumenta em quatro vezes a propensão a infartos e derrames. Ciente disso, a farmacêutica Novo Nordisk conduziu uma pesquisa com mais de 10 mil pacientes de 13 países (incluindo o Brasil) para saber como andava a saúde cardiovascular dessa turma. Por aqui, cerca de metade (43%) dos 912 entrevistados já tinha algum problema cardiovascular preestabelecido.
A aterosclerose, presença de placas de gordura nos vasos sanguíneos que pode ser o estopim para um ataque cardíaco, era o mal mais frequente: atingia 85% desse público. Mesmo que não tivessem doenças cardiovasculares diagnosticadas, 14,5% dos participantes estavam em alto risco de desenvolvê-las.
Tanto o descontrole da glicemia como o perigo ao peito podem ser atenuados com mudanças no estilo de vida e prescrição de alguns remédios. Só que a mesma pesquisa apontou que apenas 17% deles tomavam algum comprimido que diminuía esse risco. Eis um desafio a ser superado entre quem tem diabetes.
Pandemia piorou controle do diabetes
É o que conclui um estudo com 1,7 mil brasileiros com diabetes publicado no periódico médico Diabetes Research and Clinical Practice. Quase 60% deles relataram alterações na glicemia no período. A mesma taxa de respondentes deixou de se exercitar com frequência e cerca de 40% adiaram consultas de rotina.
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