Resultado significa que, para homens com 85 anos ou mais, o risco de morrer aumenta de 17% para 25%. Pesquisa foi publicada na revista científica ‘Nature’; outro estudo já apontava para resultado semelhante.
Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (15) na revista científica “Nature”, uma das mais importantes do mundo, sugere que pacientes infectados com a variante britânica do coronavírus, a B.1.1.7, têm risco de morrer de Covid 61% maior do que aqueles infectados com outras variantes do vírus. A variante já está circulando no Brasil.
Conforme a margem de erro do estudo, o risco maior de morte pode variar de 42% a 82%.
O resultado significa que, 28 dias depois de receber um teste positivo para a doença:
- para homens com 85 anos ou mais, o risco de morrer aumenta de 17% para 25%;
- para mulheres de 85 anos ou mais, o risco de morrer aumenta de 13% para 19%;
- para homens com 70 a 84 anos, o risco de morrer aumenta de 4,7% para 7,2%;
- para mulheres com 70 a 84 anos, o risco de morrer aumenta de 2,9% para 4,4%;
“Nossa análise sugere que a B.1.1.7 não é apenas mais transmissível do que as variantes preexistentes do Sars-CoV-2, mas também pode causar doença mais grave” apontam os pesquisadores, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, no estudo.
Nas pessoas com idade entre 1 e 34 anos, o pequeno número de mortes ocorridas não permitiu uma análise robusta do impacto da variante.
Os cientistas também observam que as estimativas capturam a taxa de mortalidade entre as pessoas testadas – que, portanto, é provavelmente mais alta que a taxa de pessoas que morrem entre as infectadas (letalidade), já que muitas pessoas infectadas nunca são testadas.
Pesquisas anteriores já apontavam que a variante britânica era mais transmissível, mas a relação dela com um maior risco de morte ainda não está totalmente clara. Na semana passada, um estudo publicado no “British Medical Journal” sugeria que pacientes com a B.1.1.7 tinham 64% a mais de risco de morrer de Covid.
G1 BEM ESTAR