Estudo sugere que pessoas que tomaram o imunizante contra influenza pratiquem mais distanciamento social, entre outros hábitos que previnem a infecção por Sars-CoV-2
Em estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, pessoas que foram vacinadas contra a gripe tiveram 24% menos chances de testarem positivo para Covid-19 do aquelas que não tomaram o imunizante contra influenza. Essa é uma das conclusões da pesquisa publicada em fevereiro no American Journal Of Infection Control.
O estudo analisou registros médicos de mais de 27 mil pacientes no estado norte-americano de Michigan. Todos foram testados para a Covid-19 entre março e julho de 2020 e quase 13 mil receberam a vacina de gripe um ano antes.
Entre os vacinados contra a gripe, 4% tiveram resultado positivo para a Covid-19. Para os que não receberam essa vacina, a porcentagem chegou a quase 5%. Os pesquisadores consideraram também variáveis como raça, sexo, idade, tabagismo, etnia e algumas comorbidades.
Além disso, entre aqueles que contraíram o Sars-CoV-2, menos complicações e sintomas graves foram observados em indivíduos que receberam a vacina contra a gripe, reduzindo o risco de hospitalização. Ainda assim, os pesquisadores não encontraram diferença significativa na taxa de mortalidade. Para a análise, eles também consideraram variáveis como raça, sexo, idade, tabagismo, etnia e algumas comorbidades.
“Nossa publicação fornece mais confiança de que receber a vacina contra a gripe está associado a permanecer fora do hospital em casos de Covid-19”, disse, em comunicado, a líder da pesquisa, Marion Bowman, do Departamento de Medicina Interna da UM.
Para a pesquisadora, o fato de pessoas vacinadas contra a gripe apresentarem menos risco de se infectarem pelo Sars-CoV-2 e desenvolverem menos sintomas graves pode estar relacionado a uma maior adesão aos hábitos de prevenção à Covid-19 por esses pacientes.