Por Dr. Anderson Matos, neurocirurgião
Dr. Anderson Matos Subespecialista em Escoliose Infantil pela AOSPINE/Hospital Infantil Pequeno Príncipe, Curitiba, Paraná Short Fellowship – Técnicas Avançadas em Cirurgia da Coluna Cervical, St. Louis University (Missouri, USA) Cirurgião de Coluna Adulto e Infantil – AOSPINE Neurocirurgião Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Graduação Médica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Ao planejar o tratamento da escoliose do seu filho, seu médico levará em conta a gravidade da curva e sua localização. A idade também é um fator importante – a presença de potencial de crescimento modifica as opções de tratamento. Seu médico identificará a probabilidade de a curva piorar e então oferecerá as opções de tratamento que melhor se adaptam às necessidades de seu filho.
Em geral, curvas medindo de 20 a 45 graus são consideradas graves o suficiente para necessitar de tratamento. Curvas acima de 45 – 50 graus necessitarão de cirurgia para restaurar o alinhamento normal da coluna.
O colete, como tratamento conservador na escoliose idiopática do adolescente, tem como propósito alcançar a máxima correção possível da curvatura, parar a progressão desta, melhorar a aparência estética, estabelecer o equilíbrio do tronco e melhorar a qualidade de vida (Weinstein e Ponseti, 1983).
A escoliose não corrige espontaneamente. O colete tenta evitar que ela piore. A cirurgia – artrodese da coluna – é a única forma de tratamento que pode corrigir a escoliose, mas não consegue a correção total da curva. Crianças com curvas pequenas (menores que 20 graus) ou que já tenham terminado o crescimento, serão monitoradas para ter certeza de que não irão piorar. Seu médico avaliará clinicamente seu filho a cada seis meses e com radiografias anualmente.
Existem dois tipos principais de coletes: coletes de plástico (rígidos) e coletes elásticos (dinâmicos) – (Colete de Boston ou OTLS)
Um colete rígido é como uma concha que cobre a frente e as costas do seu corpo, geralmente das axilas até a pelve. O colete é geralmente fechado com tiras de velcro e pode ser facilmente retirado para o banho ou outras atividades. Normalmente, os coletes mais eficazes são aqueles realizados sob a forma 3D ou como moldes do próprio corpo do paciente. Sua utilização deve ser diária e com um mínimo de 18 horas por dia. O acompanhamento do especialista em coluna é que determinará por quanto tempo em meses ou anos o colete deverá ser corretamente utilizado (normalmente até o fim do crescimento).