Esse é um dos primeiros ensaios que combina testes para reforços e variantes; empresas esperam que imunizante possa ser aprovado no quarto trimestre
A vacina recombinante contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica francesa Sanofi em parceria com a britânica GlaxoSmithKline entrou no em estágio final de testes em humanos nesta quinta-feira (27).
As empresas esperam que o imunizante seja aprovado até o final de 2021. O estudo iniciado pela Sanofi e pela GSK é um dos primeiros em estágio avançado que combina testes para reforços e variantes, à medida que os fabricantes de medicamentos adaptam suas estratégias para lidar com a evolução da Covid-19.
As duas farmacêuticas, que no início do mês relataram resultados provisórios positivos da fase 2 de estudo da vacina, confirmaram que seu estudo de Fase 3 duplo-cego, controlado por placebo, incluirá mais de 35.000 adultos nos Estados Unidos, na Ásia, na África e na América Latina.
“Em uma abordagem de dois estágios, o estudo investigará inicialmente a eficácia de uma formulação de vacina visando o vírus original, enquanto um segundo estágio avaliará uma segunda formulação direcionada ao vírus B.1.351”, disse a Sanofi.
A linhagem do vírus conhecida como B.1.351 foi detectada pela primeira vez na África do Sul.
“Evidências científicas recentes mostram que os anticorpos criados contra a variante B.1.351 podem fornecer ampla proteção cruzada contra outras variantes mais transmissíveis”, disse a farmacêutica.
“O desenho da Fase 3, conduzido em uma ampla diversidade de geografias, também permite a avaliação da eficácia da vacina candidata contra variantes circulantes”, acrescentou a farmacêutica francesa, em um comunicado.
A Sanofi também confirmou que iniciará estudos clínicos nas próximas semanas para avaliar a eficácia da vacina como reforço, independentemente de qual vacina o indivíduo possa ter recebido primeiro.
Se o resultado da fase 3 for positivo, as empresas esperam que a vacina possa ser aprovada no quarto trimestre. Inicialmente, o plano era ter o imunizante pronto no primeiro semestre deste ano, mas o desenvolvimento sofreu atrasos inesperados.
A Sanofi e a GSK foram forçadas a reiniciar seus testes em dezembro, quando a vacina mostrou uma baixa resposta imunológica em adultos mais velhos como resultado de uma formulação de antígeno fraca.