Apresentando pouco ou nenhum sintoma, o câncer de rim na maioria dos casos é descoberto por acaso e em sua fase mais avançada. Conheça mais sobre a doença.
Hoje, 17/06, é o Dia Mundial do Câncer de Rim, uma doença silenciosa e que, na maioria das vezes, acaba sendo descoberta em estágio mais avançado. Segundo dados do Instituto Oncoguia, no Brasil são registrados cerca de 10 mil casos ao ano. Quanto mais precoce inicia-se o tratamento, maiores são as chances de cura.
O câncer de rim, assim como outras doenças que acometem este órgão, não apresenta sintomas específicos e são facilmente confundidos com outras patologias. Somente 10% dos pacientes se apresentam com os sintomas clássicos da doença como dor no abdômen, sangue na urina, massa palpável no abdômen. Outros sinais menos específicos podem estar presentes como perda de peso, febre, cansaço, suor excessivo a noite, pressão alta.
“Como ele é um órgão que se localiza mais profundamente no abdômen, sintomas mais intensos e possibilidade de palpação do câncer só ocorrem quando a doença está mais avançada. Muitos casos são descobertos já com metástases. O câncer de rim pode manter-se oculto durante um longo período”, explica o urologista da Fundação Pró-Rim, Jean Guterres.
Diagnóstico
A maior parte dos diagnósticos acontece por acaso, quando a pessoa está realizando outros exames, como ultrassom, e acaba descobrindo o nódulo nos rins. Na presença de nódulo ou massa renal, é obrigatória a realização de uma tomografia computadorizada. Essa técnica é bastante confiável para sugerir se o tumor é maligno ou benigno. Além disso, pode-se fazer a ressonância magnética, que verifica as alterações vasculares e cistos renais complexos.
“O tratamento do câncer renal depende do tamanho do tumor e se há metástase ou não. Quando a doença está apenas no rim, o tratamento é feito com a cirurgia de retirada parcial ou total do rim. Entretanto, quando a doença já se apresenta com metástases, o protocolo de tratamento é mais severo”, complementa o urologista Guterres.
É fundamental, o tratamento conjunto com especialistas de outras áreas, como oncologista, urologista e nefrologista. Além do acompanhamento de psicólogo e nutricionista.
Prevalência em homens
Pessoas com hipertensão arterial, obesas e fumantes têm maiores chances de desenvolver o câncer de rim. Algumas síndromes genéticas raras também aumentam o risco de desenvolver o problema. Além disso, pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento de hemodiálise estão sob um maior risco de desenvolver câncer de rim. É mais frequente em homens, prevalecendo na faixa etária entre 50 e 60 anos.
Hábitos para manter a saúde
A regra para manter a saúde é igual perante a todas as doenças: ter hábitos de vida saudável e manter um acompanhamento regular com seu médico. O urologista reafirma a importância do diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo o paciente realizar o diagnóstico, mais chances de cura”, destaca. Para finalizar, é importante lembrar-se de manter um estilo de vida equilibrado, com bons hábitos, alimentando-se adequadamente e ficar atento aos sinais que seu corpo lhe transmite.