Estudo que considerou dados de mais de 1,2 milhão de adultos também indica queda de 73% nas hospitalizações entre aqueles que tomaram duas doses de vacina
As chances de ter Covid-19 após ter tomado duas doses de vacina são muito baixas. Mas se isso ocorrer, o risco de ter sintomas prolongados – a chamada Covid-19 longa –
cai em 49%. Tal conclusão consta em um estudo publicado no jornal científico Lancet Infectious Diseases nesta quarta-feira (1).
A pesquisa indicou também que a chance de hospitalização cai em 73% com as duas doses de vacina contra Covid-19. Já a probabilidade de se ter sintomas agudos apresentou uma queda de 31%, de modo que os incômodos foram mais leves e menos frequentes em indivíduos vacinados.
Além disso, o risco de pessoas imunizadas desenvolverem vários sintomas na primeira semana da doença foi 50% menor. E o principal incômodo durante todo o período da enfermidade foram espirros, embora os indivíduos também tenham tido perda de olfato, tosse, febre, dores de cabeça e fadiga.
A equipe de pesquisadores da King’s College London, na Inglaterra, considerou dados de cerca de 1,2 milhão de adultos que tomaram a primeira dose e outros 971 mil participantes vacinados com duas aplicações, entre 8 de dezembro de 2020 e 4 de julho de 2021. Os indivíduos registraram seus sintomas, testes de Covid-19 e status de vacinação no aplicativo UK ZOE COVID Symptom Study.
Por outro lado, os pesquisadores também observaram que moradores de áreas mais carentes correm maior risco de contraírem o virus Sars-CoV-2 após uma única dose de vacina. Além disso, indivíduos com condições de saúde que os deixavam mais frágeis ou com menos independência tinham duas vezes mais risco de adoecerem devido ao coronavírus, mesmo após a vacinação.
Com isso, os cientistas apontam a necessidade de direcionar os grupos de risco a programas de reforço de doses de vacina, além de implementar outras medidas para prevenir infecções e fomentar mais pesquisas sobre a resposta imunológica à vacinação.
REVISTA GALILEU