Covid-19 volta a predominar na ocorrência de vírus respiratórios, aponta Fiocruz


Informação foi divulgada pelo Boletim Infogripe: Sars-CoV-2 supera proporção de casos do VSR

O vírus que provoca a Covid-19 voltou a ser predominante entre os que causam internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De acordo com Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz, o Sars-CoV-2 é responsável por 41,8% dos casos positivos para infecções respiratórias registradas nas últimas quatro semanas.

A análise inclui os dados da semana epidemiológica de 8 a 14 de maio, que modificou o cenário que, até então, era de prevalência do vírus sincicial respiratório (VSR), que responde por 36,5% dos testes positivos e está fundamentalmente restrito a bebês e crianças de até dois anos.

A estimativa é de que 5,5 mil casos de SRAG tenham sido notificados na semana, em todos os públicos.

O boletim demonstra também crescimento do metapneumovírus, frequente em crianças de até quatro anos e semelhante ao VSR.

Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe, o cenário atual revela aumento de casos de SRAG na população adulta e demanda maior atenção na rede laboratorial, para que haja identificação adequada para que se conheça quais vírus estão mais associados à mudança de tendência. Especialmente, para que casos de Sars-Cov-2 não sejam confundidos com os de influenza A.

“É importante, até porque temos antivirais específicos para tratar de casos específicos associados ao vírus influenza, e agora, finalmente, nós também temos medicamento aprovado para tratamento de casos de Covid-19. E aí, essa diferenciação de qual vírus associado é bastante importante, para a gente lidar de maneira adequada com esses casos”, afirma Gomes.

A publicação aponta sinais de crescimento na tendência de longo prazo para SRAG em 18 unidades da federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Em relação às capitais, esse número é maior: o mesmo comportamento é observado em 21 delas. Casos de Aracaju, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo e Vitória, além do plano piloto e arredores de Brasília.

CNN BRASIL

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