Agência de saúde expandiu autorizações de uso emergencial das vacinas da Moderna e da Pfizer para incluir crianças a partir de seis meses
Na semana passada, a Food and Drug Administration (FDA), órgão semelhante à Anvisa dos Estados Unidos, expandiu as autorizações de uso emergencial da vacina da Moderna para incluir crianças de 6 meses a 17 anos e da Pfizer para crianças de 6 meses a 4 anos.
No sábado (18), a diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, Rochelle Walensky, aprovou as vacinas contra a Covid-19 para crianças menores de cinco anos, abrindo caminho para que os imunizantes sejam administrados nessa faixa etária.
Cerca de 17 milhões de crianças com menos de cinco anos estão agora aptas para a vacinação contra a Covid-19 nos EUA.
“Este é um grande dia. Estamos esperando há muito tempo para que as crianças tenham acesso à vacina. Agora temos todas as faixas etárias, a partir de seis meses, no país que agora são elegíveis para obter a proteção contra a Covid-19. E eu vou te dizer, como pai de uma criança de quatro anos, isso é uma grande conquista para minha família também”, disse o cirurgião geral dos EUA, Vivek Murthy, à Brianna Keilar, da CNN, na manhã desta terça-feira.
Vacinas administradas em doses específicas para crianças
Sob a autorização da FDA, a vacina da Moderna pode ser administrada como uma série primária de duas doses, com doses administradas com quatro semanas de intervalo, com 25 microgramas cada uma, para bebês e crianças de 6 meses a 5 anos de idade.
Embora a FDA tenha autorizado a vacina da Moderna para crianças de 6 a 17 anos, o CDC ainda não a recomendou para essa faixa etária, portanto, essas vacinas ainda não podem ser administradas. A autorização da FDA permitiria que crianças de 6 a 11 anos recebessem doses de 50 microgramas cada. Para aqueles com 12 anos ou mais, seria administrado em doses de 100 microgramas.
A vacina da Pfizer agora pode ser administrada como uma série primária de três doses, a 3 microgramas cada dose, para uso em bebês e crianças de 6 meses a 4 anos. A vacina é administrada como uma série primária de duas doses a 10 microgramas por dose para crianças de 5 a 11 anos e a 30 microgramas por dose para adolescentes e adultos com 12 anos ou mais.
A conclusão da série de vacinas da Pfizer é um processo mais longo, pois as duas primeiras doses são administradas com três semanas de intervalo e, em seguida, a terceira dose é administrada oito semanas depois.
A pesquisadora Jeannette Lee, da Universidade de Arkansas para Ciências Médicas, que atua no comitê consultivo de vacinas da FDA, expressou preocupação com o fato de as crianças não completarem as três doses.
“Três doses certamente serão benéficas. Tenho muita preocupação de que muitas dessas crianças não recebam uma terceira dose”, disse Jeannette. “Minha preocupação é que você tem que tomar as três doses para realmente conseguir a proteção que precisa”.
Quanto às crianças que podem passar dos 4 aos 5 anos de idade durante o intervalo da série de vacinas da Pfizer, o CDC recomenda duas opções.
A criança pode completar a série primária de duas doses autorizada para crianças de 5 a 11 anos, ou pode completar a série de três doses para crianças mais novas, mas cada uma das doses 2 e 3 pode ser a dosagem para crianças menores ou de 5 a 11 anos.
O Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados da FDA determinou que os benefícios de ambas as vacinas superam os riscos e observou que as vacinas foram “bem toleradas” entre as crianças que as receberam em ensaios clínicos.
De acordo com dados de ensaios clínicos, os efeitos colaterais comuns para ambas as vacinas incluem dor no local da injeção, dor de cabeça, febre, calafrios e fadiga. As vacinas parecem provocar respostas imunes semelhantes em crianças, como foi visto em adultos.