Fadiga, insônia, dor nas articulações, problemas respiratórios, erupções na pele e palpitações cardíacas. Esses são os sintomas em crianças da chamada covid longa e que podem permanecer por meses após a infecção pelos SARS-CoV-2.
A Dra. Ana Karolina Barreto Marinho, membro do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) orienta que os pais fiquem atentos caso a criança persista indisposta após passado o período de infecção aguda, não queira brincar e se movimentar como antes. Além de sintomas visíveis, como falta de ar, machas na pele ente outros. “A orientação é procurar o pediatra ou serviço de saúde para entender se aqueles sinais e sintomas fazem parte da covid longa ou se fazem parte de outra doença ou condição médica”, orienta a especialista.
Importante salientar que, mesmo completamente vacinadas, as crianças podem ter infecção pela Covid-19 com sintomas mais leves e os sintomas de Covid longa podem aparecer mesmo em quem recebeu todas as doses da vacina.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição pós-covid ocorre em pessoas com histórico de infecção por SARS CoV-2 provável ou confirmada, geralmente três meses após o início da covid-19 sintomática, e que duram pelo menos dois meses.
“Um estudo desenvolvido pela Fiocruz de Minas Gerais, que avaliou os efeitos da doença ao longo do tempo, acompanhou por 14 meses, 646 pacientes que tiveram a infecção e verificou que, desse total, 324, ou seja, 50,2%, tiveram sintomas pós-infecção, caracterizando o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como Covid longa”, conta Dra. Ana Karolina.