“A melhor dieta é aquela que o paciente consegue fazer por mais tempo” diz a nutricionista
Fabiana Guimarães, nutricionista funcional e esportiva, com foco em emagrecimento e saúde da
mulher. Quando se pensa em emagrecimento, a dieta nada mais é do que um estilo de vida. O
emagrecimento é uma matemática, é déficit energético, comer menos e fazer uma redução do
aporte calórico, é o que vai ao longo dos dias em que se utiliza o estoque de gordura e como
consequência consegue promover o emagrecimento.
Fazer Jejum emagrece?
De acordo com a nutricionista Fabiana, quando se pensa nas estratégias nutricionais como o
jejum, ele vai promover o emagrecimento, assim como dieta cetogênica (um tipo
de dieta caracterizada pela eliminação de quase todos os alimentos ricos em carboidratos, como
pão e arroz) e low carb (uma dieta com pouco carboidrato). O ponto em comum entre todas é o
déficit energético, onde a pessoa vai comer menos ou deveria se fosse um dia normal no período
de horas ou dias, para consumir menos alimentos.
Já é comprovado cientificamente diversos tipos de protocolos de jejuns, número de horas, vezes
na semana, que vão levar o processo de emagrecimento também por mudanças nos padrões
hormonais e metabólicos que o corpo tem. Melhora a intolerância da glicose, insulina, com
menos vontade de beliscar, menos vontade de comer o tempo inteiro ou a necessidade do
consumo de doce ou carboidratos, o que também vai promover o desenvolvimento do
emagrecimento.
Para Fabiana, os problemas emocionais dificultam o processo de emagrecimento, porque muitas
vezes o comportamento alimentar vai depender do estado emocional de cada indivíduo, por
exemplo (come porque está feliz, porque está triste, porque o chefe brigou etc.). O ponto
principal é lembrar que o nosso cérebro trabalha por recompensa, é preciso trabalhar e fortalecer
mentalmente para que consiga viver as situações do dia a dia, sem ter a recompensa, (ah vou
comer porque eu mereço só um pedacinho), então quando se trabalha o autoconhecimento e as
emoções, se consegue melhorar o comportamento alimentar. “Eu consigo ressignificar esses
pensamentos, eu consigo ter mais consciência, consigo diminuir essa frequência com que a
gente “desconta “a emoção na comida, claro que esse assunto deve ser aprofundado porque
existe inúmeras estratégias e causas porque isso acontece, mas quando temos o emocional mais
fortalecido, a execução de emagrecimento acontece de forma mais eficiente e tranquilo” pondera
Guimarães.
Mastigação
A mastigação é muito importante no processo de emagrecimento. Primeiro que estimula na
saciedade, o cérebro percebe o movimento da mastigação e que vai ter uma entrada de comida
no corpo, com isso se regula e começa a liberar hormônios que vão trazer mais saciedade e
menos estímulo de fome. Quando se mastiga devagar se traz uma consciência presente, para
ver o quanto que se está comendo e a atenção para a comida, que auxilia no comportamento
alimentar.
Produtos diet e light, qual o melhor para investir?
Cabe uma discussão entre diet e light. O produto light vai ter 25% menos alguma coisa, como
por exemplo relacionado ao doce, terá menos açúcar, mas como consequência a indústria pode
utilizar um adoçante, aditivo químico para melhorar a palatabilidade, e não necessariamente
esses produtos serão mais saudáveis com os aditivos químicos. Quando se fala em produtos
diet que são destinados a pessoas com uma necessidade especificas, não vai ter nada de
açúcar, como por exemplo para pacientes diabéticos.
“Na minha experiência clínica nem sempre eu fortaleço essa ideia do diet e light e sim diminuir a
frequência do consumo de doces, para que a carga glicêmica desse alimento diminua. Quando
se pensa no emagrecimento de uma pessoa saudável sem uma doença associada, é redução
da quantidade de açúcar e doces ao longo do dia, que trará um efeito mais satisfatório” afirma
Fabiana.