Abril Azul: Como o Canabidiol (CBD) pode promover mais inclusão na vida de crianças autistas


No Abril Azul — mês de conscientização sobre o autismo — especialistas e famílias reforçam a importância de ampliar o acesso ao tratamento com canabidiol (CBD), uma alternativa terapêutica que pode transformar a vida de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Estima-se que cerca de 600 mil famílias brasileiras convivam com os desafios do TEA, que incluem crises severas, dificuldades de comunicação e efeitos colaterais de medicamentos tradicionais. Nesse contexto, o uso do CBD vem ganhando credibilidade como uma alternativa segura e eficaz.

“O CBD não se liga diretamente aos receptores, mas modula a liberação de neurotransmissores e impede a degradação da anandamida, uma molécula essencial para o bem-estar”, detalha o Dr. Rodolfo Fischer Morelli, psiquiatra especialista em cannabis medicinal.

O tratamento pode resultar em benefícios como redução da ansiedade, melhora na comunicação e maior controle motor. Apesar de promover mudanças significativas na qualidade de vida do público infantil, menos de 10% das crianças brasileiras com TEA têm acesso ao CBD atualmente, segundo estimativas da True Wellness, empresa que atua no suporte à prescrição e importação de medicamentos à base de cannabis.

“Queremos ampliar o acesso ao tratamento nos próximos anos e, com isso, impactar um número cada vez maior de famílias, oferecendo uma alternativa segura e eficaz para crianças e adolescentes com TEA,” aponta Bruno Nakano, sócio da True Wellness.

Impacto na vida das famílias

Isaac e seus pais.

A experiência de Isaac Gabriel Pedroso José, de seis anos, ilustra os efeitos positivos do tratamento com CBD. Diagnosticado com autismo, ele enfrentava crises intensas de irritabilidade, dificuldades na interação social e problemas alimentares. O tratamento com risperidona, um dos medicamentos mais prescritos para crianças com TEA, não trouxe os resultados esperados.

“Ele ficava muito agitado e não dormia. Foi um período muito difícil para nossa família”, relata sua mãe, Thaís Pedroso José, de 30 anos.

Diante da falta de alternativas eficazes, Thaís decidiu iniciar o tratamento com um fármaco à base de CBD.  Após dois meses de uso, a mudança foi notável.

“Nossa qualidade de vida está melhorando. Ele está mais calmo, conseguimos manter conversas e sair de casa sem crises. O apetite dele também melhorou muito”, comemora.

O caso de Isaac reflete uma realidade compartilhada por muitas famílias que buscam no CBD uma alternativa segura para reduzir sintomas de hiperatividade, ansiedade e distúrbios do sono em crianças com TEA.

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