Após transplante de coração, Faustão segue na UTI para ‘adaptação do órgão e controle de rejeição’


Apresentador Fausto Silva, que ficou internado 22 dias aguardando doação de órgão, entra agora em observação para período crítico. Cirurgia durou 2h30, disse boletim do hospital

Médicos do Hospital Israelita Albert Einstein afirmaram no fim de tarde deste domingo (27) que já encerraram “com sucesso” o procedimento de transplante de coração no apresentador Fausto Silva.

“A cirurgia aconteceu no início da tarde e durou cerca de duas horas e meia”, afirmou o hospital em nota à imprensa. “O procedimento foi realizado com sucesso e Fausto Silva permanece na UTI, pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição.”

Faustão estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital desde o dia 5 de agosto, tratando uma insuficiência cardíaca e fazendo diálise. Por isso, entrou na fila do transplante para receber um novo coração.

O comunicado divulgado nesta tarde foi assinado pelos médicos Fernando Bacal (cardiologista), Fábio Gaiotto (cirurgião) e Miguel Cendoroglo Neto (diretor médico).

Fausto Silva obteve a doação do órgão após sua condição de saúde o qualificar como caso de prioridade na fila de transplantes.

“O Einstein foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada de hoje (domingo), quando foi iniciada a avaliação sobre a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B”, disse o hospital em comunicado.

O hospital não deu detalhes sobre o doador do órgão, mas reitera que seguiu todo o trâmite estabelecido para captar órgão doado e constatar sua viabilidade.

Cirurgia complexa

A cirurgia de transplante é conduzida com o paciente preparado com imunossupressores e jejum. No caso de Faustão, o procedimento foi relativamente rápido. É comum cirurgias do mesmo tipo levarem quatro horas, dependendo de fatores que aumentam sua dificuldade.

Mesmo em casos onde não há intercorrências, o procedimento é complexo. Os médicos desviam o sangue do paciente para uma máquina de circulação extracorpórea, que mantém o fluxo sanguíneo durante toda a operação, possibilitando a retirada do órgão. O novo coração é colocado e a circulação do paciente é restabelecida.

Tipicamente, após a cirurgia bem sucedida, o paciente vai para UTI e lá permanece por cerca de uma semana, sob efeito de imunossupressores e outros medicamentos. Geralmente, o procedimento pode considerado bem-sucedido como um todo depois de 12 meses, quando há redução da possibilidade de rejeição.

Jornal O Globo

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