Para ser mulher nos dias de hoje, precisamos ser múltiplas, imperativo, convenhamos dos mais arbitrários. Mas, para algumas de nós, ser “múltipla” é a única versão alternativa de sobrevivência. Temos tido uma visão mais ampla sobre a mulher, que vem se transformando muito. Tenho visto novas oportunidades e outras possibilidades para ela que se desperta consciente de que seu papel é gerar vida.
Numa sequência histórica de redescobertas alinhadas a preceitos humanos femininos, sem se desintegrar com a sabedoria divina, temos compreendido que buscamos evoluir de forma bela e inacabada, tendo aprendido a exercitar o destemor, a compaixão e a compreensão de que não precisamos ser perfeitas para irmos além, razão pela qual devemos receber os desafios com postura de acolhimento e resiliência nutrindo, muitas vezes, a si própria e aqueles que cercam sem questionar a nossa verdadeira essência.
Durante essa pandemia em um mundo contemporâneo, penso que a MULHER se reinventou com seus propósitos e significado existenciais, tendo ainda que aprender a perceber cada momento como precioso, bem como valorizado para encarar as mudanças como oportunidade de crescimento.
Tenho olhado profundamente a mim mesma, e nesse olhar, encontrado a VIDA e o que gira em torno dela. Olhar que me proporciona muito contentamento e satisfação. Precisei me permitir ser o que sou, de verdade, MULHER, acima de tudo, mas plenamente consciente de que ando aprendendo a fazer perguntas relevantes que incentivem novos significados existenciais onde possa encontrar outras de nós para dar respostas positivas diante da vida, sem “ter que” deixar verdadeiramente o nosso papel, ouvindo e nutrindo nossa essência.
Dessa forma, para dar a continuidade a essa jornada de evolução e autotranscedência precisamos nos responsabilizar sem culpas ou desgastes, trabalhando continuamente sem rejeitar os valores herdados e construídos em nossa linhagem histórica familiar, abraçando com leveza a vida, nossa história e o caminho profissional e cultural, muitas vezes dominando ou encabeçado pelos homens, o que promove situações tão complexas atualmente.
Abraçando nossa feminilidade, o feminino dançará em nós porque temos raízes fortes, ancestrais onde há conquistas possíveis que nos auxiliam nas batalhas da vida, que nos fazem sentir vitoriosas, gratas e felizes com o que já entregamos ao mundo – a VIDA! Como temos recebido lições que nos ajudam a perseverar no amor para sermos mulheres contemporâneas – mãe, filha, esposa, profissional, irmã, amiga etc. sem perder nossa essência e a conexão com a beleza de SER MULHER na contemporaneidade.
Cultivar o amor, enxergar a rota para atingir a plenitude só é possível pela observação constante sobre nós mesmas e pelo esforço da mudança de comportamento e atitudes no nosso dia-a-dia.
A vida nos chama para refinar as qualidades que nos são inatas. Identificando as desconexões e o que nos roubam de nós, vamos tendo acesso a verdadeira liberdade interior para entender como expressar essa força interior que nos impulsiona a conquistas coerentes conduzidas pela arte de se doar no esforço nem sempre recompensado pelos homens, mas sim, por Aquele que nos Criou e que tanto nos auxilia nas costuras diárias para nos manter em sintonia com nossas crenças e atos, que muito nos “ensina” a lidar com as dores e a enfrentar o cotidiano da existência com autoconfiança e otimismo, acreditando que:
A arte de se doar é a chance para todos terem VIDA, e um esforço que compensa.
Com amor e reverência ao dia internacional da mulher,
Luciana Araújo de Medeiros Martins
Psicóloga
Crp 17/0434
Especialista em Logoterapia e Análise existencial.
Fundadora do Instituto Amigos da Vida
Palestrante
Personal Life Coaching
Atuante na àrea de Desenvolvimento Humano