Calor intenso: atenção redobrada para pacientes com doenças reumáticas


As altas temperaturas exigem maiores cuidados quando se trata de lúpus

As altas temperaturas que vêm atingindo o Brasil exigem atenção especial dos pacientes com doenças reumáticas, especialmente aqueles com lúpus. Embora o calor intenso não seja um fator causador da doença, ele pode agravar seus sintomas e impactar a qualidade de vida dos pacientes. A SPR – Sociedade Paulista de Reumatologia aborda a importância do cuidado com a exposição excessiva ao sol.

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) alertou que o país enfrenta a terceira onda de calor deste ano. Com isso, os termômetros devem ultrapassar os 40°C, ou seja, a temperatura é de grande intensidade, levando à ampliação do nível de alerta para cinco estados, como São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Porém, pode se entender para regiões do nordeste.

Além das temperaturas elevadas, o tempo seco e a baixa umidade do ar também preocupam. A Defesa Civil emitiu um alerta para os próximos dias para as altas temperaturas. Já o Ministério da Saúde (MS) reforça a importância da hidratação e da proteção solar, destacando que os riscos são ainda maiores para pacientes com doenças crônicas. Diante desse cenário, a recomendação é que pessoas com condições preexistentes consultem os médicos para orientações específicas.

Impacto do calor no lúpus e outras doenças reumáticas

Entre as doenças reumáticas, o lúpus exige uma atenção redobrada. A condição autoimune, que atinge principalmente mulheres, pode apresentar manifestações variadas e ser sensível à exposição ao sol.

“Os pacientes com lúpus devem evitar exposição excessiva ao sol e ao calor intenso, pois esses fatores podem desencadear uma resposta imunológica que agrava os sintomas da doença. As altas temperaturas podem provocar fadiga, dores articulares e lesões na pele, tornando essencial a adoção de medidas preventivas”, explica a Dra. Daniela Moraes, reumatologista da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR).

A especialista reforça que a fotoproteção é indispensável. “O uso de protetor solar com FPS 30 ou superior deve ser um hábito diário, assim como o uso de barreiras físicas, como bonés, chapéus, óculos de sol e roupas que protejam a pele da exposição direta à luz solar”, acrescenta.

Recomendações para se proteger do calor:

  • Reaplique o protetor solar a cada 2 horas
  • Utilize a quantidade equivalente a uma colher de chá para cada região do corpo
  • Evite a exposição solar entre 10h e 15h
  • Prefira roupas leves e de cores claras
  • Evite atividades físicas sob o sol
  • Mantenha-se hidratado, bebendo bastante água
  • Opte por alimentos frescos, como frutas e verduras
  • Fique em locais sombreados ou utilize sombrinhas e guarda-chuvas
  • Mantenha os ambientes ventilados ou climatizados

“Cada paciente reage de maneira diferente ao calor, e os sintomas podem variar. Por isso, é fundamental procurar atendimento médico caso haja piora do quadro. Além disso, com a previsão de temperaturas cada vez mais elevadas, é importante que paciente e médico conversem para minimizar os impactos do calor na qualidade de vida”, finaliza a Dra. Daniela.

 

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