Ainda tratada como tabu, pasmem, a candidíase é uma infecção comum causada pelo fungo Candida albicans, que provoca coceira, secreção e inflamação. Muitas mulheres terão candidíase em algum momento da vida. E, em altas temperaturas, as chances aumentam porque o fungo gosta de ambientes quentes e úmidos.
“Nós já nascemos com a Cândida, mas ela está sob controle pelo nosso sistema imunológico. Ela existe em todo nosso corpo, desde a boca, esôfago, ouvido, região genital masculina e feminina e região anal. Ela é resistente quando acontece repetidamente em um determinado período de tempo. Na maioria das vezes esse fungo se aproveita de uma queda na nossa imunidade para se proliferar e, a partir daí, aparecerem os sintomas clínicos”, explica a ginecologista Polyanna Pereira, da Clínica Leger.
Segundo a ginecologista, alguns fatores podem “ativar” o fungo. “O mais conhecido pelas mulheres é uma inflamação na vagina, causando secreção vaginal amarelada ou esverdeada, inchaço, coceira e ardência na região íntima feminina. Uma alimentação com pouco açúcar e carboidrato ajudam a evitar Também não é indicado, uso de calcinhas de tecidos sintéticos que abafam a área íntima, além dos longos períodos com biquine molhado”, completa a médica.
Uma rotina de higiene também deve ser mantida diariamente. A ginecologista alerta, “deve-se estar atento ao excesso na higiene com o uso de duchas vaginais ou uso de sabonetes íntimos contínuos, principalmente os com perfumes. Importante também que as calcinhas sequem em um local arejado, para que fiquem completamente secas. E, se possível, não usar roupa íntimas durante o sono, pois também ajuda a prevenir infecções recorrentes”.
Crianças e bebês também podem ter candidíase, normalmente, na cavidade oral, quando são popularmente conhecida como “sapinho” ou até mesmo associado a assadura nas áreas cobertas pela fralda.
Em relação aos homens, Polyanna Pereira ressalta, “a Cândida também acomete o homem na região genital, porém, é mais difícil a ocorrência, uma vez que o pênis é uma área exposta externa ao corpo do homem. Apresenta-se com uma sensibilidade aumentada principalmente na glande, vermelhidão local, pele do prepúcio com pequenas fissura dolorosas e dificuldade para urinar e ter relações sexuais”.