A catarata, que segundo informações da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, atinge 550 mil novos casos no Brasil, é estudada pela humanidade há milênios.
Na época, a técnica para resolver o problema não era tão apurada como hoje, como conta o médico oftalmologista Marco Rey, mas resolvia. “É uma cirurgia que é feita desde os sumérios na Idade Antiga. Naquele tempo, o que se fazia era a declinação do cristalino. O médico pegava uma agulha, empurrava o cristalino e abria espaço para a luz atingir o eixo visual, o que limpava a visão. O problema é que isso provocava glaucoma mas, como a expectativa de vida da época era pequena, o paciente tinha a visão de volta até morrer”, disse o médico.
O cristalino, citado pelo doutor Marco Rey, é uma espécie de lente natural do corpo, que trabalhando juntamente com outra lente, a córnea, possibilita a visão. Enquanto esta segunda fica na parte exterior do sistema visual, a primeira fica no interior do globo ocular. O cristalino participa como aparelho refrator do olho, sendo capaz de aumentar o grau, para focalização das imagens de perto (acomodação). A catarata se configura quando o cristalino se torna opaco, o que acontece com o passar dos anos.
Conforme dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, baseada em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28,7% da população com mais de 60 anos de idade têm a doença. Ainda segundo a Pesquisa Nacional em Saúde, divulgada em 2013 pelo IBGE, em todo o país 4,3 milhões das pessoas, também acima de 60 anos, fizeram a cirurgia. No Nordeste, foram pouco mais de 1,1 milhão nessa faixa etária.
A doença naturalmente atinge idosos, apesar de haver casos mais raros de catarata congênita, na qual o bebê já nasce com a doença. Mas há como retardar o seu surgimento. “Todos terão catarata um dia, porque todos envelhecem. É inevitável”, explicou o médico. “Entretanto, é possível protelar o surgimento da doença tendo uma vida saudável, praticando exercícios, consumindo alimentos antioxidantes, evitando o sol em horários inapropriados e de maneira prolongada, protegendo os olhos com óculos com filtro ultravioleta e luz azul, de preferência”, orientou.
Recuperação rápida
O único tratamento eficaz para a catarata é a cirurgia. Não existe colírio ou óculos que eliminem seus efeitos. Mas, apesar disso, a recuperação do paciente que passar pela operação é rápida. Normalmente a visão retorna ao normal em poucas horas e o paciente volta à rotina após alguns dias.
Segundo o doutor Marco Rey, que há mais de 40 anos trabalha na área oftalmológica e é especialista em catarata, complicações são raras durante ou após a cirurgia. Ele destaca que uma das principais vantagens de quem faz a operação é recuperar praticamente a visão por completo. Isso porque hoje em dia, o procedimento consiste em substituir o cristalino por uma lente corretiva para qualquer outro problema ocular, como miopia e astigmatismo.
“Após por a lente indicada, é possível deixar o paciente praticamente sem grau. Claro, tem uma margem de erro, não dá pra dizer para o paciente que o grau dele será zero, mas a margem de erro é de mais ou menos um grau. Ou seja, nós corrigimos a visão do paciente e ele não fica mais dependente dos óculos de grau”, destacou o médico.
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