Professora Julie Williams, da Universidade de Cardiff, considera que a ciência está cada vez mais perto de um tratamento eficiente
Pesquisadores da Universidade de Cardiff, no país de Gales, já identificaram 92 genes relacionados ao aumento significativo do risco de Alzheimer. A professora Julie Williams, uma das principais especialistas da doença no Reino Unido, aponta que essas descobertas estão contribuindo para o desenvolvimento de tratamentos para as formas mais comuns da doença.
“As coisas estão acelerando e melhorando o tempo todo. Acredito que até 2040 estaremos em posição de oferecer uma gama de tratamentos e talvez não saibamos exatamente o porquê, mas um deles será capaz de agir sobre as variadas causas”, afirmou a diretora do Centro de Demência de Cardiff em entrevista à BBC.
O Alzheimer é a causa mais comum de demências no mundo. O transtorno neurodegenerativo progressivo se manifesta com o declínio da memória e da cognição.
Quando Julie e sua equipe começaram a estudar os genes relacionados ao Alzheimer, em 2009, apenas três deles eram conhecidos. Com um volume maior de informações, a cientista acredita que será possível estudar os efeitos que os genes têm sobre a atividade cerebral específica.
“Agora sabemos que genes defeituosos alteram a maneira como as células imunológicas chamadas micróglia funcionam”, exemplifica.
Após estudar milhares de casos, a pesquisadora entendeu que o tratamento da doença não deve ser igual para todos os pacientes. Em vez disso, os médicos e pacientes devem levar em consideração múltiplos fatores e vários tipos de terapias que ajudam a retardar e prevenir o desenvolvimento do problema de saúde.
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