Como a prática de exercícios físicos ajuda a diminuir o estresse


Profissionais potiguares orientam a colocar exercícios físicos na rotina diária para quem quer ter uma vida mais equilibrada e livre do excesso de estresse 

Com a correria do dia a dia e o aumento das demandas pessoais e profissionais, o estresse se tornou uma realidade constante para muitas pessoas. Nesse cenário, a prática regular de atividades físicas se destaca como uma ferramenta extremamente eficaz para gerenciar esse sentimento que permeia a vida moderna. Exercitar-se não apenas ajuda a liberar endorfinas, hormônios que promovem a sensação de bem-estar, mas também proporciona uma pausa necessária para a mente, permitindo que os indivíduos se desconectem das pressões cotidianas.

Isabel Lucena, profissional de educação física (foto: divulgação)

Isabel Lucena, profissional de educação física na academia Bodytech Tirol, em Natal, observa que a prática de atividades físicas, especialmente as aeróbicas, atua diretamente no controle do estresse. “Vivemos em uma rotina muito acelerada e o nível de estresse vem aumentando cada vez mais. O exercício físico é ótimo para controlar o estresse, principalmente os exercícios aeróbicos como caminhada, corrida, ciclismo, dança, além de atividades como Yoga e Pilates, pois trabalham principalmente a respiração”, afirma.

Isabel aponta que muitos de seus alunos relatam a sensação de calma e bem-estar após os treinos, o que ocorre devido à liberação de endorfinas. “Isso ajuda a melhorar o humor e a enfrentar o estresse do dia a dia.”

Além dos benefícios emocionais imediatos, a psicóloga Fernanda Maciel explica que os efeitos do exercício físico vão além do corpo e impactam o cérebro. “O estresse, em dosagens adequadas, é mobilizador e ajuda a superar dificuldades. No entanto, altos níveis de estresse comprometem a saúde mental e física. O exercício físico contribui para equilibrar a produção de hormônios, como o cortisol, que são fundamentais para o controle do estresse”, afirma.

Fernanda Lucena, psicóloga (foto: divulgação)

Entretanto, ela também alerta que, quando praticados em excesso, os exercícios podem ter o efeito oposto. “Dependendo da intensidade e do volume, o treino pode levar à exaustão e aumentar o estresse, chegando até ao burnout”, afirma Fernanda, reforçando a importância de uma orientação adequada e de respeitar os limites do corpo.

Isabel também aconselha começar com práticas leves e prazerosas, respeitando o próprio ritmo. “É importante dar uma chance ao exercício físico, começando com 5 a 10 minutos de caminhada, por exemplo. Com o tempo, o corpo se adapta, e a mente responde positivamente aos pequenos estímulos”, destaca a profissional.

Para aqueles que se sentem exaustos e acreditam que não possuem energia para começar uma rotina de exercícios, Fernanda traz uma reflexão importante. “Estresse e saúde mental estão intimamente ligados. O estresse pode se manifestar de várias formas, como ansiedade, insônia e incapacidade de concentração, comprometendo a vida. Para essas pessoas, é importante encontrar uma atividade com a qual se identifiquem e reservar um tempo específico para essa prática, criando uma nova rotina sem ceder às sabotagens do próprio cérebro”, recomenda.

O exercício físico não só ajuda a reduzir o estresse, mas também contribui para uma melhora significativa na qualidade do sono, que é fundamental para a regulação do humor e disposição durante o dia. Fernanda lembra que o cortisol, o hormônio do estresse, participa da regulação do ritmo biológico e do sono, e ao realizar atividades físicas regularmente, os níveis desse hormônio se estabilizam. Assim, o estresse é controlado e, com isso, é possível garantir uma noite mais restauradora.

Isabel e Fernanda concordam que começar devagar e com prazer é a chave para incorporar o exercício físico na rotina sem que ele se torne mais uma fonte de estresse. A prática moderada, orientada e consciente pode, de fato, ser um verdadeiro escape para o bem-estar, ajudando a transformar a relação que temos com o corpo e com a mente.

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