O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou hoje que o país começará a aplicar a terceira dose das vacinas contra a covid-19 em idosos e pessoas vulneráveis a partir de setembro.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o mandatário ainda deu a entender que todos receberão a dose extra, “mas não de imediato”. Atualmente, a França já recomenda uma injeção a mais para pacientes imunodeprimidos, as pessoas que têm um sistema imunológico enfraquecido ou comprometido.
Conforme dados do portal Our World in Data, a França tem cerca de 64% de sua população imunizada, sendo que 48,6% já completaram o ciclo vacinal e 15,3% iniciaram a aplicação das doses.
A decisão francesa vem na sequência de atitudes similares de outras nações, como Reino Unido, Israel e Alemanha. Mas, é oposta ao apelo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), reiterado nesta quarta-feira (4).
Em entrevista, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um novo pedido para que os países ricos ajudem as mais pobres a ter, ao menos, “10% da população de cada país vacinada até setembro”.
“Nós temos uma urgente necessidade de mudar as coisas: de uma maioria de vacinas que vão para os países ricos para uma maioria de vacinas que vão para países pobres”, acrescentou Ghebreyesus. Segundo dados da própria OMS, enquanto as nações europeias têm cerca de 50% de suas populações vacinadas, os países africanos têm apenas 5% de cidadãos que receberam uma dose — 2% completamente imunizados.
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