Dengue: Ministério da Saúde recomenda ampliação do público de vacina para doses perto da validade


Pasta também orienta remanejamento de imunizantes para municípios ainda não contemplados com vacinação contra doença

O Ministério da Saúde atualizou a recomendação de uso da vacina da dengue para todos os estados e o Distrito Federal nesta sexta-feira com o objetivo de permitir a ampliação do público-alvo do imunizante para doses próximas do fim do prazo de validade em caráter temporário. Outra ação recomendada para não perder as vacinas é o remanejamento para novos municípios.

“A iniciativa visa garantir que todos os imunizantes adquiridos cheguem à população, ampliando a proteção contra a doença”, disse a Saúde, em nota.

De maneira geral, o público-alvo da vacina distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS) são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que vivem em localidades prioritárias, conforme critérios definidos a partir do cenário epidemiológico da doença no país.

Segundo a recomendação da Saúde desta sexta-feira, essa faixa etária pode ser ampliada para pessoas de 6 a 16 anos caso os imunizantes estejam a dois meses de vencer. Além disso, as doses podem ser remanejadas para municípios ainda não contemplados pela vacinação contra dengue.

Já para as vacinas que têm somente mais um mês de validade, a estratégia poderá ser expandida até o limite etário especificado na bula da vacina, abrangendo a faixa etária de 4 a 59 anos, 11 meses e 29 dias de idade, conforme a recomendação da Saúde.

O ministério ainda disse que a expansão do público-alvo deve considerar a disponibilidade de doses e a situação epidemiológica de cada estado e município. A pasta também recomenda que os estados e municípios intensifiquem as estratégias de busca ativa, para identificar e mobilizar aquelas pessoas que não completaram o esquema vacinal.

Segundo a nota, o Ministério da Saúde deve ser devidamente informado pelas unidades federativas sobre a implementação da estratégia temporária de ampliação da vacinação. Além disso, todas as doses administradas devem ser registradas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) de forma a garantir a segunda dose e o monitoramento completo do processo de imunização.

Em 2024, o governo federal enviou 6,5 milhões de doses aos estados e municípios, mas apenas 3,8 milhões foram aplicadas. A pasta afirma que a situação é ainda mais preocupante entre os adolescentes: aproximadamente 1,3 milhão de jovens que iniciaram o esquema vacinal não retornaram para a segunda dose, comprometendo a eficácia da imunização.

JORNAL O GLOBO

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