Larva penetra a pele e pode provocar lesões com coceira
Com a procura por praias e ambientes ao ar livre no verão, os cuidados com a saúde da pele devem ser redobrados. Entre as preocupações da estação, está o bicho-geográfico, uma infecção causada pela larva migrans cutânea, comum em regiões tropicais e subtropicais, como o Brasil.
A dermatologista Emanuela Menezes, professora de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, reconhecida como o melhor ecossistema de educação em saúde do país, explica que o bicho-geográfico é transmitido pelo contato da pele com areia ou solos contaminados pelas fezes de cães e gatos infectados.
“As larvas penetram a pele, provocando lesões em tom avermelhado com coceira. As lesões desenham um caminho sinuoso, semelhante a um mapa, daí o nome da doença”, comenta a especialista.
Os banhistas devem estar atentos aos locais onde se sentam ou pisam descalços. Ainda segundo a professora Emanuela, usar esteiras ou toalhas ao sentar na areia e evitar caminhar descalço em áreas onde há animais são medidas essenciais para prevenir a infecção.
Além disso, é importante garantir a saúde dos animais de estimação, mantendo as vacinas e vermífugos em dia, já que eles são os principais transmissores.
“O bicho geográfico causa lesões bastante incômodas e pode haver infecção bacteriana secundária, mas raramente apresenta complicações graves. O tratamento é feito com medicamentos tópicos ou orais, dependendo da extensão da infecção. É importante lembrar que a automedicação nunca é recomendada. É sempre importante buscar orientação médica ao identificar os primeiros sintomas”, alerta a docente da UnP/Inspirali, Emanuela Menezes.