Hoje, 09 de junho, é o Dia Nacional da Imunização e o Departamento Científico de Imunizações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) alerta para a importância de se vacinar, já que as vacinas modificaram a história natural da humanidade.
“As vacinas trouxeram impactos diretos na redução da mortalidade, principalmente nos casos de doenças infecciosas, como sarampo, varicela e coqueluche. E hoje, assistimos a importância dela diante da pandemia da covid-19”, esclarece a Dra. Lorena de Castro Diniz, Coordenadora do Departamento Científico de Imunizações da ASBAI.
A febre amarela e o sarampo são exemplos recentes de doença infecciosa que voltaram com força. São consideradas doenças muito graves, com grande chance de óbito. Agora, a atenção está voltada para a vacina contra a gripe, doença mundial, que ocorre nas estações do outono e inverno e pode levar a complicações pulmonares, como pneumonia e até óbito, principalmente em crianças e idosos.
“Vacinar-se contra a influenza evita as formas graves da gripe e contribui no diagnóstico diferencial da covid-19, já que os sintomas das duas doenças são semelhantes”, explica Dra. Lorena.
Vacinas x alergia – Algumas vacinas possuem componentes que são comuns no desencadeamento de alergias, como ovo e leite. Porém, a especialista da ASBAI explica que os benefícios da vacinação superam chances de reações graves.
“Já existem protocolos para a vacinação segura. Vacinas como tríplice viral e influenza já são liberadas sem restrições, com raras exceções para casos de extrema sensibilidade a ovo e ao leite. Nestes casos, pode haver a indicação de vacinação fracionada ou escalonada. Para estes pacientes com extrema sensibilidade a ovo e ao leite, é indicado que a vacinação seja feita sob supervisão em serviço de saúde por uma hora após receber a vacina”, explica Dra. Lorena.
Com maior adesão nos Estados Unidos e alguns países da Europa, há um movimento anti-vacinas. No Brasil, já existem pessoas aderindo ao antivacinismo. Considerado um retrocesso pelos especialistas, uma das preocupações em relação a esse movimento é a possibilidade do retorno de algumas doenças infecciosas que estão sob controle há anos. Aliado a outros fatores, podem ocorrer surtos de doenças como o sarampo, caxumba e varicela.
A Dra. Lorena explica que as vacinas são seguras na maioria dos pacientes e eficazes em prevenir doenças infecciosas em todas as faixas etárias, da infância ao idoso. Pessoas com dúvidas ou que estejam em alguma condição especial, como imunossupressão – tratamento que diminui a imunidade – ou que sabem ser alérgicas a algum componente da vacina podem procurar o auxílio de um médico para serem vacinadas com segurança. “Na dúvida, sempre busque informação em um serviço de saúde, em especial com o médico. O importante é não deixar de se vacinar. É preciso orientar a população do benefício da vacinação, que supera os riscos de reações adversas”, alerta a especialista.