Em nota, médicos reforçam que diabetes não é causada por vermes


Nota conjunta de quatro entidades médicas se contrapõe à informação falsa de que a diabetes seria causada por vermes

Uma informação falsa de que a diabetes poderia ser causada por vermes que se alojam no intestino acabou ganhando tanta popularidade nas redes sociais que as sociedades médicas mais representativas do combate à doença decidiram fazer uma nota conjunta nesta segunda-feira (16/9) para alertar sobre quais são os reais causas da síndrome metabólica.

“Alguns profissionais defendem até o tratamento antiparasitário para suposta cura da doença. Isso é um completo absurdo, sem qualquer embasamento científico”, afirma a nota, que foi assinada por três sociedades médicas.

O pronunciamento foi realizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Associação Brasileira do Estudo da Obesidade (ABESO) e o Conselho Federal de Nutrição (CFN).

Como se adquire a diabetes?

A diabetes é uma doença crônica que possui dois tipos: no tipo 1 o organismo nasce com capacidade reduzida de produzir insulina, o hormônio que nivela os níveis de açúcar no sangue. Já no tipo 2, por descontroles alimentares e por maus hábitos de saúde, um pâncreas saudável, que tinha a capacidade de secreção, deixa de produzir a quantidade necessária de insulina.

Esta diabetes adquirida está diretamente relacionada a: sobrepeso, sedentarismo, colesterol alto, pressão alta descontrolada e hábitos alimentares inadequados, como o consumo excessivo de gorduras e de açúcar.

“A diabetes não tem cura e pode ser acompanhada de complicações impactantes, como cegueira, insuficiência renal, amputações de membros inferiores, doenças cardiovasculares, entre outras, levando à mortalidade precoce sobretudo naquelas pessoas com controle inadequado da doença”, completa o texto.

Para as entidades, a má-fé dos profissionais que defendem tratamentos com antiparasitários para a diabetes acaba expondo a população a graves riscos de saúde, inclusive de morte. “Devemos evitar práticas oportunistas e equivocadas, muitas vezes visando exclusivamente o lucro em detrimento da saúde desses indivíduos”, conclui a nota.

 

 

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