Entenda como a toxina botulínica atua no tratamento do bruxismo


Dermatologista explica sobre como o relaxamento dos músculos faciais alivia sintomas como dor e desgaste dental

foto: reprodução / Shutterstock

A toxina botulínica tem se mostrado uma alternativa viável no tratamento do bruxismo, distúrbio que leva ao apertar e ranger dos dentes, muitas vezes durante o sono. A substância atua relaxando temporariamente os músculos masseter e temporal, reduzindo a força de contração e diminuindo sintomas como dores na mandíbula, dores de cabeça e desgaste dentário.

De acordo com a doutora Mayla Carbone, médica dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a aplicação da toxina botulínica pode ser indicada para pacientes com bruxismo moderado a intenso que já tentaram outros métodos de alívio. “O uso da toxina ajuda a relaxar os músculos masseter e temporal, envolvidos no ranger e sensação de apertamento dos dentes, trazendo alívio significativo dos sintomas, sem interferir na mastigação”, explica a médica.

Segundo Mayla, os efeitos do tratamento podem ser sentidos entre 3 e 7 dias após a aplicação, com o alívio completo dos sintomas em até 4 semanas, à medida que o relaxamento muscular se intensifica. Contudo, a resposta ao tratamento varia entre os pacientes, podendo durar de 3 a 6 meses, após o qual é possível realizar uma nova aplicação caso os sintomas retornem.

Quem possui lentes de contato dentais, é importante que o dentista avalie a mordida cuidadosamente e, se necessário, indique tratamentos complementares, como o uso de placa de bruxismo ou até a toxina botulínica para controle muscular. Essas abordagens ajudam a preservar a integridade das lentes e a controlar o impacto do bruxismo na arcada dentária.

Doutora Mayla enfatiza que é fundamental procurar um profissional especializado para avaliar a necessidade da toxina botulínica e a possibilidade de ajustar as doses, conforme a resposta do paciente. “A toxina botulínica traz um bom retorno para quem sofre de bruxismo, reduzindo dores e o impacto nas atividades diárias, mas deve sempre ser avaliada caso a caso”, finaliza.

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