Desidratação é um fator de risco preocupante para crianças e idosos
Os meses de verão trazem dias ensolarados, férias e momentos de lazer à beira da piscina e no mar. Porém, junto com a diversão, surge a necessidade de atenção redobrada à hidratação. O calor intenso e a maior exposição ao sol aumentam a perda de líquidos pelo corpo, o que pode levar à desidratação, uma condição que pode ser perigosa, especialmente em crianças, já que dependem dos adultos para garantir a ingestão adequada de líquidos, e idosos, pois o corpo sofre uma redução na sensação de sede e uma menor capacidade de conservar água, devido a alterações na função renal.
Larissa Varela, professora de Nutrição da Universidade Potiguar (UnP), integrante do Ecossistema Ânima, explica que, no verão, o corpo tende a perder mais água através do suor, o que demanda reposição constante.
“A desidratação pode se manifestar de forma leve, moderada ou grave, e os sintomas incluem boca seca, fadiga, tontura, dores de cabeça e diminuição da urina. Em casos graves, pode levar a complicações mais sérias, como alterações no funcionamento dos rins e até desmaios”, alerta a especialista.
Para aproveitar o verão de forma saudável, a docente destaca algumas orientações importantes para prevenir a desidratação. “É fundamental beber água regularmente, mesmo que você não sinta sede. Apostar em alimentos ricos em água, como frutas frescas, e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou açucaradas também ajuda a manter o equilíbrio hídrico do corpo”, recomenda.
A exposição prolongada ao sol, comum em atividades ao ar livre, é outro fator de risco. “Passar longos períodos no sol sem proteção e hidratação adequada aumenta ainda mais o risco de desidratação. Sempre que possível, procure se abrigar em locais com sombra e use roupas leves, além de protetor solar”, completa Larissa.
Ela também reforça a importância de observar os sinais do corpo durante o veraneio. “Se perceber que está se sentindo muito cansado ou com sintomas de desidratação, é importante interromper a exposição ao calor e buscar a reposição de líquidos imediatamente. Em casos mais graves, o ideal é procurar ajuda médica”, orienta.
Cor da urina
A cor da urina é uma excelente estratégia para identificar sinais de desidratação, pois reflete de maneira prática o nível de hidratação do corpo. Essa observação simples pode ser feita no dia a dia e ajuda a identificar precocemente a necessidade de aumentar a ingestão de líquidos, especialmente durante períodos de calor intenso, como no verão, quando a perda de água pelo suor é maior.
“A urina clara, de cor amarelo-pálido, é sinal de que o corpo está bem hidratado, enquanto uma urina mais escura pode indicar que você precisa aumentar a ingestão de líquidos. Prestar atenção a esse detalhe é uma maneira prática de evitar complicações relacionadas à desidratação“, orienta Larissa Varela.