Se tudo tiver corrido bem com seu ensaio clínico, a vacina Covid-19 da Johnson & Johnson (J&J) provavelmente será a próxima disponível nos Estados Unidos.
Na semana passada, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse que a Johnson & Johnson está “bem próxima” de buscar autorização de uso emergencial para sua vacina na Food and Drug Administration (FDA, espécie de Anvisa dos EUA).
A empresa disse que está a caminho de ter dados provisórios de seu ensaio clínico até o final de janeiro. A J&J tem uma convocação de acionistas sobre seus resultados do quarto trimestre nos próximos dias.
Ainda assim, pode levar semanas para que a vacina passe pelo processo de autorização da FDA dos Estados Unidos e ainda não está claro quando qualquer uma dessas etapas principais ocorrerá.
As duas vacinas já disponíveis nos Estados Unidos são altamente eficazes, mas todos os olhos estão voltados para a Johnson & Johnson, que é uma vacina de apenas uma dose e seria muito mais fácil de administrar.
“Se esta vacina provar ser segura e eficaz, pode ter grandes implicações para o lançamento da vacina, porque a J&J se comprometeu a produzir e implantar pelo menos um bilhão de doses de vacina durante este ano civil, incluindo pelo menos 100 milhões de doses para a população dos EUA “, disse o médico Dan Barouch, da Harvard Medical School, que ajudou a desenvolver a vacina da Johnson & Johnson.
“Se for uma vacina de dose única, então um bilhão de doses de vacina se traduziriam em um bilhão de pessoas vacinadas”, disse Barouch na segunda-feira (25).
Divulgação de resultado dos testes
A Johnson & Johnson planeja divulgar os resultados do teste de Fase 3 da sua vacina contra Covid-19 no início da próxima semana, disse o diretor financeiro da empresa, Joseph Wolk, nesta terça-feira (26) à CNBC.
Wolk afirmou que foi um “estudo muito robusto de 45.000 pessoas” conduzido em oito países em três continentes diferentes, incluindo “alguns em que novas cepas do coronavírus foram descobertas – incluindo África do Sul e no Brasil”.
CNN BRASIL (Com informações de Naomi Thomas, da CNN)