Huol completa 115 anos de contribuição para ensino e saúde do RN


Rosenato Barreto de Huol/Ebserh/UFRN
Hospital se consolida, cada vez mais, como uma instituição de referência no ensino, na pesquisa, na assistência e na gestão. Foto: HUOL/Ebserh-UFRN

De uma antiga casa de veraneio, inicialmente com 18 leitos, para o hoje, o Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN) completa 115 anos de assistência à saúde para a população potiguar. É um dos mais antigos hospitais universitários do Brasil, e como campo de prática, tem contribuído para a formação de muitos profissionais de saúde.

Sua inauguração ocorreu em 9 de setembro de 1909, sob a denominação de Hospital de Caridade Juvino Barreto, em homenagem à personalidade que contribuiu financeiramente para a sua existência. O Hospital funcionava em uma casa de veraneio, junto à praia. Era dirigido pelo médico Januário Cicco, que sozinho, além da administração da unidade, também prestava assistência aos doentes.

Desde 2013, o Huol é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), e vem sendo reconhecido pela sociedade como um hospital de excelência em atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS), por possuir colaboradores altamente qualificados e infraestrutura de ponta. Também está se consolidando, cada vez mais, como uma instituição de referência para os norte-rio-grandenses, seja no ensino, na pesquisa, na assistência ou na gestão.

O reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, destacou a importância dessa instituição de saúde que completa 115 anos de existência. Para ele, ser referência em assistência pelo SUS e na formação de qualidade de profissionais são alguns dos notórios predicativos do Huol. “O aniversário de 115 anos é motivo de grande honra para a UFRN. A celebração dessa data significa, também, uma grande conquista para a sociedade, que recebe um atendimento público de excelência no Onofre Lopes”, disse.

Ao longo do tempo, o Hospital teve outras denominações. Em 1935, passou a ser chamado de Hospital Miguel Couto, em homenagem ao médico e pesquisador na área da saúde pública. Em 1960, com a federalização da então Universidade do Rio Grande do Norte e a incorporação da Faculdade de Medicina, recebe a denominação de Hospital das Clínicas da UFRN, assumindo personalidade de hospital-escola e agregando o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão.

Em 1984, recebeu o nome atual de Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), em homenagem ao fundador e primeiro reitor da UFRN, e, em 29 de agosto de 2013, após contrato firmado entre a UFRN e a Ebserh, passa a ser administrado por essa empresa pública.

Formação de profissionais

O Huol é um importante campo de estágio para estudantes dos cursos da área da saúde e afins, e também contribui para a formação de profissionais por meio das residências médica, multiprofissional e uniprofissional. O Hospital é o maior centro estadual de formação de especialistas na oferta de programas de residência em saúde, totalizando 33 programas credenciados.

Muitos dos estudantes e residentes que tiveram o Huol como campo de prática retornaram ao Hospital como colaboradores. É o caso de Amanda Soares Felismino Silveira, fisioterapeuta e especialista em Fisioterapia Cardiovascular. “Minha história com o Huol começou na graduação, passando pela residência, mestrado e doutorado, todos desenvolvidos nos corredores da casa de Onofre. Cresci pessoal e profissionalmente entre essas enfermarias, unidades de terapia intensiva e ambulatórios, adquirindo conhecimento, experiência e cultivando uma grande gratidão ao hospital que me formou”, destacou.

Huol contribui para a formação de profissionais por meio das residências médica, multiprofissional e uniprofissional. Foto: Huol/UFRN

Ela completou que a sua trajetória acadêmica no Onofre Lopes propiciou a aprovação em seis concursos públicos, mas escolheu ficar no Huol, por saber da excelência de seu serviço prestado à sociedade. “Retornar como colaboradora foi a realização de um sonho, a oportunidade de retribuir tudo o que o Huol me proporcionou. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa história!”, concluiu.

O médico anestesiologista do Huol-UFRN/Ebserh, Wallace Andrino da Silva, também relatou sua história com a unidade hospitalar. “Há 20 anos frequento os corredores do hospital com o mesmo entusiasmo e admiração. Comecei em 2004 como estudante de Medicina, depois voltei como médico anestesiologista pela Ebserh, em 2016”, lembra. Ele é professor da UFRN, atual coordenador do Centro de Pesquisa Clínica do Huol e do Programa de Residência Médica em Anestesiologia na instituição.

“A Casa de Onofre, como costumamos carinhosamente designar o Huol, foi o berço da medicina no Rio Grande do Norte, bem como na UFRN, e continua até os dias atuais como protagonista na formação profissional e na assistência de qualidade à população desse estado. Orgulho-me em fazer parte dessa instituição e poder retribuir tudo aquilo que essa casa me deu”, conclui.

UFRN.BR

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