Pediatra alerta pais sobre a Icterícia em recém-nascidos “É comum, mas precisa de atenção”

foto: repordução internet
Após acompanhar o nascimento do pequeno Davi Yudi, filho de Yudi Tamashiro e Camila Braga, a Dra. Lilian Zaboto, referência no cuidado infantil, aproveitou para esclarecer um tema que gera muitas dúvidas e ansiedade entre pais de primeira viagem: a icterícia neonatal.
A pediatra falou com clareza sobre a condição que atinge a maioria dos recém-nascidos nas primeiras semanas de vida:
“A icterícia é muito comum em recém-nascidos. A gente costuma dizer que até 60% dos bebês que nascem de parto normal vão ter algum grau de icterícia. Já os prematuros, então, podem chegar a mais de 80%.”
O tom da especialista é de tranquilidade, mas também de atenção:
“É importante entender que é um processo fisiológico, mas que precisa ser monitorado. Se a bilirrubina subir muito, pode ser necessário um tratamento, como a fototerapia.”
A Dra. Lilian explica que a icterícia ocorre devido à imaturidade do fígado do bebê, que ainda está aprendendo a metabolizar a bilirrubina — substância que, em excesso, deixa a pele e os olhos do bebê com um tom amarelado. Embora na maioria dos casos a condição seja benigna e resolva-se espontaneamente, é essencial o acompanhamento de um pediatra.
“É fundamental que os pais não tentem resolver isso em casa com banhos de sol, como era feito antigamente. O ideal é seguir a orientação do pediatra, que vai avaliar o grau da icterícia com exames e indicar o tratamento correto, se necessário.”
Além das causas mais comuns, a Dra. Lilian faz um alerta sobre uma situação específica que pode agravar o quadro de icterícia: a incompatibilidade do fator Rh entre mãe e bebê.
“Se a mãe tem sangue Rh negativo e o bebê herda Rh positivo do pai, o organismo materno pode produzir anticorpos contra o sangue do bebê. Para evitar essa reação, a mãe deve tomar uma ‘vacina’ — que é, na verdade, uma injeção de anticorpos anti-Rh — durante a gestação e após o parto.”
Caso essa prevenção não ocorra, o bebê pode desenvolver a Doença Hemolítica do Recém-Nascido, que eleva perigosamente os níveis de bilirrubina e pode levar a complicações graves como icterícia intensa, insuficiência cardíaca, aumento do fígado e do baço, e até necessidade de transfusão sanguínea. Em casos extremos, pode evoluir para Kernicterus, uma forma de lesão cerebral associada à icterícia não tratada.
Ao lado de Yudi e Camila, Dra. Lilian reforçou a importância de esclarecer o tema com amor e responsabilidade:
“Eu sempre digo: mais do que cuidar do bebê, é preciso acolher os pais, principalmente quando é o primeiro filho. Informação de qualidade traz segurança.”