O ideal é sempre evitar o envio de biscoitos recheados, salgadinhos, sucos de caixinha ou refrigerantes
As férias estão acabando e chegou a hora de pensar na lancheira das crianças. E esse é um momento muito importante, já que a alimentação impacta em diversos aspectos da vida dos pequenos, principalmente na escolar. Por isso, o ideal é sempre evitar o envio de biscoitos recheados, salgadinhos, sucos de caixinha ou refrigerantes.
Nesse movimento por uma vida com menos alimentos industrializados, surge uma nova categoria entre os lanchinhos escolares: as lancheiras saudáveis. Nelas, os responsáveis se preocupam em produzir opções caseiras para as crianças se alimentarem enquanto estão na escola.
Se a sua meta para 2023 é produzir opções de refeições mais saudáveis para os pequenos, continue a leitura. Preparamos um material especial, junto da nutricionista Milene Henriques, que vai te ajudar a esclarecer dúvidas.
Atitudes que fazem toda diferença
Muitas mamães, preocupadas com a alimentação, começaram a produzir conteúdos para a internet. Esse fenômeno cresceu tanto que grandes streamers como o Casimiro começaram a fazer vídeos reagindo às propostas de refeição enviadas para a escola.
E se você acompanha, já deve saber que em vídeos como esses, as lancheiras são esteticamente bonitas. Mas visual não é tudo. Para além de lancheiras bonitas, é importante entender a importância da alimentação para as crianças.
Então se você quer começar a enviar lancheira saudável para seus filhos, a principal fica é implementar esse hábito antes da volta às aulas. “Comece a oferecer as coisas que ela comeria na escola já em casa, que é sempre o local inicial para poder ‘educar’ o paladar da criança. Isso também dará a ela segurança, tranquilidade, motivação e interesse para querer comer esses alimentos em qualquer lugar que ela esteja, inclusive na escola”, explica a nutricionista, que também é criadora do método Bebê Bom de Garfo
Outra dica importante dada pela profissional é entender o efeito dos alimentos no corpo. Carboidratos em excesso, por exemplo, podem deixar as crianças agitadas. Esse comportamento pode deixá-los com dificuldades de concentração na escola, pela necessidade de gastar energia.
Milene também comenta sobre o envio de alimentos industrializados na lancheira. Eles não são proibidos, desde que sejam opções mais limpas e com menos aditivos. Para encontrá-los nos supermercados, a nutricionista recomenda a leitura dos rótulos. “Quanto mais ingredientes tiver, pior. Não pode ter açúcar e gordura nos três primeiros ingredientes. Assim como uma quantidade grande de sódio, isto é, mais de 150 mg por porção”.
Como fazer a lancheira ideal?
Que tal preparar algo divertido, colorido e saboroso para a lancheira das crianças? A variedade de receitas é essencial na hora de pensar no lanche escolar. Além disso, há outras informações importantes para considerar, segundo a nutricionista Milene Henriques. Confira quais são abaixo:
1) Considere o período na escola:
“Se ela fica em período integral, é preciso levar em consideração mais grupos alimentares. Caso ela fique meio período, o ideal é ser saudável, mas não necessariamente ser uma refeição completa”, pontua a nutricionista.
2) Incluir carboidratos é bom:
Na hora de pensar na lancheira, é importante saber que carboidratos são fonte de energia para o organismo. Porém, não podem ser em excesso para a criança não ficar muito agitada; nem em falta, para ela não ficar prostrada, com sonolência e energia diminuída.
“Dê preferência aos alimentos feitos em casa ou de forma artesanal, como pães, bolos e biscoitos. Pode-se substituir as farinhas por aquelas que não são de trigo, como amêndoas, castanhas e farinha de coco. Tudo isso vai fazer com que o carboidrato seja de melhor qualidade e que ele forneça além de energia, outros nutrientes para a criança”, comenta a especialista.
3) Proteínas são fundamentais:
Elas são os construtores que colaboram para a criança crescer e se desenvolver de forma saudável. Segundo Milene, as indicações sãoincluir alimentos como queijos, iogurtes, carnes desfiadas em sanduíches, bolinhos, castanhas, leite puro, sardinha ou atum. Ela ainda recomenda evitar queijos muito amarelos, e optar pelos iogurtes que tenham menos ingredientes, pois são os mais naturais.
4) Não se esqueça das frutas:
São um grupo importante para garantir que a criança receba as vitaminas e minerais que precisa. A melhor opção é variar, pois cada uma será rica em um grupo de nutrientes. “Vale envolver a criança em casa na antecipação daquela fruta, como contando historinhas que envolvem a fruta, cantar músicas, para quando a criança chegar na escola, querer comê-las. Outra dica bacana é desenhar nelas com o uso de canetas específicas”, aconselha a nutricionista.
5) Líquidos não podem faltar:
“Temos o hábito de acreditar que a criança precisa beber suco de fruta, e é um mito”, revela Milene, já que esta não é a melhor forma de oferecer a fruta. “Muitas vezes a gente tira muita fibra e diminui o nutriente”. A indicação é enviar sempre muita água na lancheira para hidratar, ou ainda, água de coco, chá de hortelã ou camomila.
E aí, curtiu as dicas de como preparar uma lancheira saudável na volta às aulas? Então compartilhe esse conteúdo com outras mamães e responsáveis que vão gostar do assunto!
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