O Centro de Pesquisa Clínica (CPC), da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN-Ebserh), possui em andamento um protocolo, referente a sua primeira pesquisa, como um dos centros mundiais cadastrados pelo laboratório belga Mithra Pharmaceuticals. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, quando se tem um delineamento específico de pesquisa, em que seres humanos recebem diferentes intervenções, de forma aleatória e em contexto experimental para testagem de um novo fármaco, capaz de melhorar os sintomas da menopausa.
O contrato firmado em outubro de 2020 entre a MEJC e o Mithra Pharmaceuticals, representado pela Icon Pesquisas Clínicas-SP e a Fundação do Desenvolvimento da Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (FUNDEP-UFMG), tem como pesquisador principal, o ginecologista e professor da Rede Ebserh, Ricardo Cobucci.
Segundo o pesquisador, as duas primeiras fases do estudo já foram concluídas, e a participação da MEJC acontecerá na terceira fase, na coordenação: “O estudo irá testar o medicamento Estetrol, hormônio que irá atuar no controle das ondas de calor em mulheres no período da menopausa. O teste será feito em muitas mulheres por meio de um ensaio clínico randomizado”, afirma.
Além do Brasil, o estudo tem o suporte de centros de pesquisas localizados em diversos países como: Argentina, Canadá, República Tcheca, Hungria, Itália, Lituânia, Polônia, Romênia, Federação Russa, Eslováquia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
Para a chefe do Setor de Gestão de Pesquisa e Inovação Tecnológica da MEJC, Janaína Crispim Freitas, parcerias técnico-científicas como esta fortalecem a pesquisa clínica na rede e proporcionam um aumento dos indicadores de impacto científico e da qualidade da assistência.
“A geração de indicadores é fundamental para alcançar os padrões de qualidade internacionais, resultando em dados confiáveis, que possam ser utilizados como ferramenta para a melhoria das condições de saúde da população brasileira”, explica.
Sobre o Centro de Pesquisa Clínica da MEJC
Inaugurado em maio de 2019, o centro faz parte do plano estratégico da MEJC para consolidar as pesquisas que já estão em desenvolvimento na unidade e abre uma nova possibilidade para o desenvolvimento de pesquisa clínica e de ensaios clínicos randomizados e controlados.
Trata-se do primeiro laboratório da MEJC voltado prioritariamente para o apoio às atividades de pesquisa. Sua concepção é a de uma plataforma multiusuário, ou seja, o espaço e os equipamentos serão compartilhados pelos diversos grupos de pesquisa da instituição.
Para o superintendente da MEJC, Luiz Murillo Lopes de Britto, o centro soma esforços para a promoção de atividades de formação profissional e o desenvolvimento de projetos conjuntos de pesquisa clínica. “Somos uma instituição de saúde, que estimula o crescimento profissional por meio do ensino e da produção de conhecimento científico através da pesquisa em nosso hospital, contribuindo para a missão de promover de forma integrada e humanizada a assistência, o ensino, a pesquisa e a extensão”.
UFRN
Será muito bem vindo um estudo como esse,pois a menopausa é uma fase de vida da mulher onde ela mais necessita de atenção.
Vejo isso em grupos de watzap que participo o quão sofrida são essas mulheres.
Muitas tem medo da reposição hormonal devido o fator cancerígeno, nem sequer tentam.
Optei pela modulação pq não estava aguentando tantos sintomas.
Outra ressalva a se fazer,é que temos pouquíssimos médicos especializados no envelhecimento feminino,e isso só atrapalha o processo.