Entenda o que pode apresentar riscos para a saúde e o bem-estar dos pequenos
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveita este mês em que é celebrado o Dia das Crianças, em 12 de outubro, para alertar sobre o que é saudável e o que representa riscos para o bem-estar infantil quando o assunto é skincare, conjunto de práticas para cuidar da pele, a fim de mantê-la saudável, limpa e com boa aparência. O tema tem sido cada vez mais popularizado nas redes sociais.
Os chamados “skinfluencers”, influenciadores focados em cuidados de pele, têm aumentado a preocupação entre os dermatologistas. “A exposição a conteúdos inadequados pode resultar em práticas prejudiciais, especialmente considerando que a pele das crianças apresenta características únicas”, explica o presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves.
A coordenadora do departamento de Dermatologia Pediátrica Dra. Elisa Fontenelle, diz que o skincare deve ser adaptado conforme a idade. “A pele infantil ainda não está totalmente desenvolvida, o que aumenta a vulnerabilidade a irritações e dermatites. Existe maior chance de perda de água e maior capacidade de absorção de substâncias pela pele, além de menor atividade de glândulas sebáceas e imaturidade imunológica. Assim, é essencial preservar as características da barreira cutânea, incluindo sua permeabilidade e seu pH, já que as alterações nessas características podem levar ao desenvolvimento de dermatites atópica e de contato, por exemplo”, destaca a médica.
De acordo com a especialista, o uso de maquiagens tem crescido entre meninas, com alguns estudos apontando idades a partir dos 4 anos, aumentando, assim, os casos de dermatite de contato. “É crucial limitar a maquiagem a ocasiões especiais, como apresentações artísticas e só a partir dos 5 anos, de forma alguma fazendo parte da rotina diária e sempre sob supervisão de um adulto. O compartilhamento também deve ser evitado para prevenir contaminações”, conta Dra. Elisa.
Segundo ela, para os adolescentes, é importante monitorar o uso de maquiagem e a possível piora da acne, além de ensinar a remoção adequada dos produtos.
Embora as redes sociais possam ser uma fonte de informações valiosas, a SBD alerta que consultar um dermatologista é a melhor forma de garantir que as necessidades específicas de cada criança sejam atendidas de forma segura e eficaz. A entidade destaca ainda que a dermatologia pediátrica é competência da formação do dermatologista, reconhecida inclusive pela Associação Médica Brasileira, portanto, este é o profissional mais adequado para cuidar da pele infantil.
“Não existe uma regra rígida sobre quando começar as consultas dermatológicas. O ideal é que essas visitas sejam feitas conforme a necessidade, especialmente se houver condições específicas ou para orientações gerais”, reforça Dra. Elisa.
A SBD convida a todos a cuidarem da saúde da pele dos pequenos com informações adequadas, um passo importante para formar adultos conscientes sobre autocuidado e saúde.
Confira as dicas:
Banhos Curtos: Evitar água quente e o uso excessivo de sabonetes. Preferir produtos suaves, sem fragrância e com pH levemente ácido.
Hidratação: Usar hidratantes suaves e sem fragrância, especialmente em crianças com pele ressecada.
Proteção Solar: A exposição solar na infância pode ser acumulativa. Recomenda-se evitar a exposição intensa entre 10h e 16h e utilizar filtro solar a partir dos 6 meses, com FPS mínimo de 30.
Para saber mais sobre uma rotina adequada de cuidados com a pele, unhas e cabelos acesse as redes sociais @dermatologiasbd e o site www.sbd.org.br. Se informe e encontre um especialista associado à SBD na sua região.
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