O que é fibrose pulmonar, causa da morte da cantora Rita de Cássia?


A cantora Rita de Cássia morreu aos 50 anos na tarde de ontem (50), em Fortaleza (CE). Ela é considerada uma das maiores compositoras de forró da música brasileira.

A artista passou os últimos dias internada em decorrência de um quadro de fibrose pulmonar idiopática (FPI).

O que é a doença?

* A FPI é uma doença crônica, não inflamatória e sem cura. Raro, o quadro atinge pessoas a partir dos 60 anos com maior frequência.

* Ela provoca cicatrizes (chamadas de fibroses) no pulmão, enrijecendo o tecido saudável.

* Com a perda da elasticidade, a capacidade de oxigenação do sangue do órgão é prejudicada, dificultando a respiração.

* Os médicos desconhecem por que a doença surge, mas observam que, em alguns casos, os pacientes possuem histórico familiar.

Como é o tratamento

* O tratamento mais comum é feito com medicamentos antifibróticos.

* Também costuma ser recomendado que os pacientes realizem exercícios de reabilitação pulmonar e pratiquem atividades físicas, de acordo com a orientação médica.

* Com o avanço da doença, pode surgir a necessidade de suplementação de oxigênio ou até de transplante de pulmão.

Sintomas comuns prejudicam o diagnóstico precoce

Os principais sintomas da doença (tosse, falta de ar e fadiga) são extremamente comuns em outras doenças respiratórias ou cardíacas. Isso pode atrasar o diagnóstico precoce e o início do tratamento correto.

“Se é uma pessoa sedentária, que foi fumante ou já é idosa, os sinais não costumam ser valorizados e o habitual é levar meses ou até anos para chegar a um diagnóstico correto. Muitas vezes, quando descobrem, a doença já estava avançada”, Mauro Gomes, médico pneumologista.

Como é o diagnóstico?

* Há pedido de tomografia. Mas mesmo com o resultado, é necessário que os médicos eliminem a suspeita de outros tipos de fibrose.

* Por isso, investiga-se também o histórico do paciente, porque há quadros causados por medicamentos, exposição a mofo e até refluxo, por exemplo.

* Se a dúvida persistir, o médico pode pedir uma biópsia de pulmão.

VIVA BEM – UOL

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