Pais também tem depressão pós-parto, e isso pode afetar o bebê


Não é apenas a saúde mental das mulheres que se torna vulnerável após elas se tornarem mães. Pais também podem desenvolver depressão pós-parto, de acordo com pesquisas recentes.

Os EUA acabaram de aprovar o primeiro tratamento oral específico para a depressão pós-parto, a zuranolona, antes disponível apenas como terapia injetável. Uma vez que a condição ganhou espaço na mídia, especialistas no país têm aproveitado para destacar que muitos homens também precisam de atenção especial após o nascimento de um bebê.

Pesquisas indicam que um em cada dez pais experimentam depressão e ansiedade pós-parto. Além disso, um estudo recente sugere que cuidar da saúde mental dos pais é vital para a saúde do bebê. Inclusive, crianças cujos pais tiveram depressão têm um risco aumentado de ter o transtorno elas próprias.

A análise, publicada esta semana no periódico Jama Network Open, analisou 16 estudos entre 2002 e 2021, que examinaram mais de 7 milhões de pares pai-filho. Os pesquisadores descobriram que a depressão paternal estava associada a um aumento de 42% no risco de depressão na criança.

Até pouco tempo, os especialistas acreditavam que se a mãe estivesse bem, a criança teria um desenvolvimento normal. Mas essa mentalidade está mudando – cada vez mais, fica clara a noção de que é preciso tratar mães e pais.

Depressão pode ser diferente para eles

Homens nem sempre apresentam os sintomas tradicionais de depressão, uma vez que, por questões culturais, eles são desencorajados a buscar ajuda e relatar sinais de vulnerabilidade.

DOUTOR JAIRO / UOL

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