Um produto médio tem cerca de 550 calorias a cada 100 gramas, ou seja, um inteiro pode chegar a 1,5 mil calorias
A Páscoa está chegando e com ela os muitos ovos de chocolate que as pessoas presenteiam e ganham na data. Nutricionistas e endocrinologistas já começam a alertar as pessoas sobre os perigos do excesso de comer chocolate nessas datas festivas, visto que é muito calórico e em muita quantidade pode fazer mal. Mas quanto de exercício é necessário para queimar as calorias de um ovo de Páscoa?
Primeiro vamos pensar nas calorias do chocolate. Um ovo de Páscoa médio possui entre 200 e 300 gramas de chocolate — muito mais do que os 25 a 30g recomendados por dia. Se for chocolate ao leite, ou seja, com menos quantidade de massa de cacau e mais gordura, ele pode chegar a ter cerca de 550 calorias a cada 100 g, sem considerar recheios e aditivos. Isso é equivalente de 15 a 30% de toda a energia que um adulto precisa ao longo do dia.
Um ovo inteiro tem, em média, cerca de 1,5 mil calorias. Especialistas afirmam que é possível incluir um ovo de Páscoa na dieta, porém com parcimônia e recomendam que, o melhor a se fazer, é fracionar o doce e comer aos poucos durante a semana. Além disso, entre os diferentes tipos de chocolate, a melhor preferência é o amargo — acima dos 70% — pois apesar de ter açúcar, ele tem menos gordura, tem fibras e antioxidante.
— Não acredito que seja algo de proibir os ovos de páscoa, mas controlar o chocolate. Juntar os membros da família e dar apenas um ovo para aquela criança, por exemplo, e fracionar o produto, a fim de que a criança não coma tudo em um dia ou algumas horas. O importante é comer de modo gradativo com um consumo consciente sem interferir na saúde — afirma o endocrinologista pediátrico Miguel Liberato do hospital São Camilo.
O especialista afirma que o melhor chocolate nestes casos, em relação aos benefícios e as calorias é o chocolate amargo, pois quanto maior a massa de chocolate, mais benefícios e menos gordura e açúcar.
— Um chocolate 70%, por exemplo, tem 70% de massa de cacau e apenas 30% de gordura. Um chocolate ao leite tem menos porcentagem de massa de cacau, mas tem mais gordura e leite, por isso ele é mais doce — diz.
Uma pesquisa publicada pelo “European Journal of Preventive Cardiology” afirmou que comer chocolate amargo ou meio amargo, pelo menos uma vez por semana reduz o risco de contrair doenças cardíacas. Além disso, ele tem menos açúcares e gorduras saturadas, fatores de risco para obesidade e doenças cardiovasculares.
Esse tipo de chocolate também previne o colesterol alto, por conta dos antioxidantes presentes nessa massa do cacau que tem um efeito protetor a longo prazo. Porém, é importante ressaltar que quando vamos diminuindo o cacau e aumentando a gordura, ele acaba não tendo efeito protetor contra o colesterol. Pelo contrário, no geral, as marcas comerciais, por ter muita gordura e açúcar, favorecem o aumento do colesterol.
O chocolate amargo, segundo Liberato, ainda pode diminuir os sintomas da depressão. Isso porque além da liberação da serotonina, substância ligada ao prazer e bem-estar, ele tem altas concentrações de magnésio, , nutriente que pode diminuir os sintomas da depressão.
Quanto treino é necessário?
Cada organismo funciona de uma maneira, a depender do sexo, idade, composição corporal e até da regulação hormonal. Porém, de uma maneira geral, especialistas recomendam ao menos uma hora de corrida na esteira para queimar as calorias de 100 gramas de chocolate. Ou seja, para gastar cerca de 550 calorias, seria necessário fazer, algo em torno de:
- 2 horas de caminhada
- 1 hora de treino intenso na academia;
- 1 hora de dança;
- 50 minutos de natação;
- 50 minutos de bicicleta ergométrica;
- 30 minutos de jumping.