Pesquisa busca voluntários com doença coronariana


A doença arterial coronariana (DAC) afeta o funcionamento adequado das artérias coronárias, identificada quando ocorre a obstrução desses vasos. São 300 mil pessoas por ano que sofrem de infarto a

 

gudo do miocárdio no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O mestrando em Ciências da Reabilitação na Faculdade de Ciências da Saúde (Facisa) Alexandre Almeida realiza estudo sobre o tema e está buscando participantes para a pesquisa Tradução, adaptação transcultural e análise psicométrica da Cardiac Self-Efficacy Scale. Os voluntários devem estar diagnosticados ou autorreferidos de doença coronariana.

A proposta da pesquisa, orientada por Lucien Peroni Gualdi e co-orientada por Karolinne Monteiro, é fazer a avaliação da autoeficácia cardíaca de pessoas que têm doença coronariana ou insuficiência cardíaca a partir da resposta ao questionário. Com isso, a proposta é oferecer aos profissionais de saúde um instrumento que complemente as avaliações de rotina com baixo custo, rapidez e simplicidade no manuseio.

Para Alexandre Almeida, faltam meios que possam avaliar a autoeficácia cardíaca. “Identificamos que existe uma lacuna na literatura sobre instrumentos que avaliam a autoeficácia na população brasileira com doença coronariana, mas, entre as ferramentas existentes que são validadas psicometricamente, a Cardiac Self-Efficacy Scale é uma excelente escala, que pode ser aplicada na prática clínica e na pesquisa”, explica.

Lucien Peroni Gualdi afirma que doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e enfatiza a importância de um instrumento nesse contexto, tendo em vista que o alto nível da autoeficácia está associado à melhoria na qualidade de vida. “Também está relacionado ao melhor autogerenciamento, bem-estar emocional, melhor adesão a programas de reabilitação cardíaca e respostas a tratamentos clínicos”, ressalta.

Para responder ao questionário que integra a pesquisa, o participante precisa ter idade igual ou maior a 18 anos e de ter sofrido infarto agudo do miocárdio ou angina. Também podem responder pessoas que tenham realizado procedimentos como revascularização do miocárdio, angioplastia coronária ou cateterismo.

Os aspectos avaliados na pesquisa são a condição clínica do voluntário, situação sociodemográfica, escalas de autoeficácia geral e cardíaca, escala de depressão, qualidade de vida e classificação socioeconômica. Com a avaliação das características, será feita a análise da importância da autoeficácia no processo de reabilitação do paciente como um meio influenciador de desfechos clínicos.

UFRN

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *