erigosas, as L.P’s baixam a imunidade, fator importante em tempos de pandemia, causando maior dificuldade na recuperação dos pacientes
Lesão por pressão é um dano localizado na pele, geralmente quando o paciente fica por um tempo muito prolongado deitado sobre a mesma posição, propiciando uma área de pressão e cisalhamento muito intensa na região, acarretando em uma resposta inflamatória do organismo e uma necessidade de recuperação e cicatrização, o que demanda mais resposta do sistema imunológico. Se não tratadas adequadamente, há um alto risco de infecção, podendo levar o paciente a morte, portanto, é extremamente importante que o foco seja em prevenção e não em tratamento.
“Durante a pandemia do novo coronavírus temos um outro agravante: os pacientes que ficam na UTI, durante a manobra de recrutamento alveolar (reabertura de áreas pulmonares colapsadas através do aumento da pressão inspiratória na via aérea) permanecem em posição prona, aumentando seus riscos de desenvolver lesão por pressão, além dos dispositivos médicos como sondas e cateteres que também intensificam esse risco. Precisamos estar mais atentos e implementar medidas preventivas adequadas”, explica a enfermeira especialista em estomaterapia Gisele Pascon, Gerente de Educação Médica na Smith+Nephew.
Geralmente dolorosas, as LP”s tem como principais fatores externos pressão, fricção, cisalhamento, microclima (que é manter umidade e temperatura em níveis normais e adequados para não danificar a pele), porém, é importante analisar os fatores de risco internos como tolerância tecidual, perfusão, status nutricional, idade (extremos de idade como idosos ou recém-nascidos prematuros) e comorbidades como diabetes.
“O principal é a prevenção. Ter um protocolo adequado como sugere o Programa Closer to Zero, uma Certificação em Práticas Clínicas Seguras na Prevenção de Lesão por Pressão, para evitar que essas lesões se formem, pois na sua maioria são preveníreis. Inspecionar a pele diariamente, avaliar se o paciente tem risco aumentado de desenvolver a lesão, implementar superfícies de suporte adequadas como colchões específicos, curativos profiláticos, avaliar estado nutricional, entre outras medidas preventivas”, finaliza a enfermeira da S+N.